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Nem o céu é o limite

As mensagens comerciais estão em todo o lado: aviões, bicicletas, atrelados, projecções ou escadas rolantes… Da panóplia de ofertas resta aos anunciantes decidirem de que forma inovadora querem aparecer… Televisão, […]

Maria João Lima
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Nem o céu é o limite

As mensagens comerciais estão em todo o lado: aviões, bicicletas, atrelados, projecções ou escadas rolantes… Da panóplia de ofertas resta aos anunciantes decidirem de que forma inovadora querem aparecer… Televisão, […]

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Maria João Lima
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As mensagens comerciais estão em todo o lado: aviões, bicicletas, atrelados, projecções ou escadas rolantes… Da panóplia de ofertas resta aos anunciantes decidirem de que forma inovadora querem aparecer…

Televisão, rádio, imprensa e outdoor, os chamados meios de comunicação tradicionais, já não são quem mais brilha num plano de meios. Ainda que arrecadem grande parte dos budgets de comunicação, enfrentam o problema denominado saturação ao qual os novos suportes alternativos visam dar resposta. E o que não falta são alternativas.

A Greenzeppelin disponibiliza aos clientes um serviço de publicidade aérea, efectuada com um zeppelin de seis metros por dois metros, controlado por rádio. Trata-se de um dirigível que voa em exterior e interior com duas possibilidades de utilização publicitária para o cliente: a versão envelope (a mais dispendiosa) e a versão banner (a mais económica). Por um dia, o cliente desembolsa 1.400 euros, a que acresce o valor do tipo de suporte publicitário. A produção de um envelope pode chegar aos 3.500 euros. Mas Rodrigo Puga, dono da Greenzeppelin, diz que “é um investimento rapidamente recuperável, pois o envelope poderá ser reutilizado noutros voos no âmbito de uma grande campanha”. Ainda na fase de lançamento deste produto, Rodrigo Puga diz que está já a trabalhar com um clube de futebol e com uma marca de telecomunicações.

Também na área da publicidade aérea actua a Jetstream, que tem entre os seus clientes marcas como Totta, SIC, EMI, Raposeira, Galp Energia, ANA e MediaMarkt. A Jetstream Aviation oferece aos anunciantes a possibilidade de exibir painéis de impressão digital rebocados por avião (de 150 a 300 m2). Uma campanha de sete dias, com painel de 150m2 incluído, rondará os 10.500 euros. Com este suporte, os anunciantes conseguem elevada exposição e retenção de mensagens por ser um suporte não saturado. Dentro do leque de opções da Jetstream há ainda o painel tridimensional, que permite através de formas especiais, uma identificação com os produtos, aumentando a eficácia das campanhas.

Sobre rodas

Já no solo, a 2 Drive põe à disposição das marcas os veículos Carver One, que por serem “veículos únicos em tecnologia e design” são, descreve Paula Pereira, marketing manager da empresa, “um elemento visual incontornável”. A mesma responsável diz que os veículos que comercializam serão exclusivos. “Existem menos de 200 unidades a nível mundial e a produção é de um Carver por dia, pelo que é impossível haver o risco de saturação deste suporte “, defende.

Os custos inerentes a uma campanha de road show depende do número de Carver Ones usados, podendo variar entre os 250 euros e os mil euros por dia. E foram já algumas as marcas que quiseram apostar neste meio: Philip Morris, Grupo PT, Rank Xerox, Microsoft, RFM, Meo, Rock in Rio ou Santa Casa.

Esta profissional explica que os novos suportes de comunicação vêm responder exactamente ao problema da saturação dos meios tradicionais. “São, na sua maioria, soluções acessíveis e, por serem invulgares, causam um enorme impacto”, explica. E acrescenta que “a tendência será o declínio dos meios tradicionais em detrimento do desenvolvimento e crescimento dos meios alternativos”. A mesma profissional acrescenta que “futuramente a exploração destes novos suportes é um investimento fiável e com um retorno garantido”. “Estamos a falar de veículos que visualmente têm um impacto inigualável. Por onde passa a caravana todas as atenções são desviadas para os veículos, e os responsáveis das marcas apercebem-se desta realidade e ficam evidentemente satisfeitos com o resultado”, acrescenta.

A Wow disponibiliza suportes alternativos nas áreas da publicidade móvel e nos centros comerciais. Na área da publicidade móvel têm à disposição a Look Vespa que se caracteriza por ter um mupi de dupla face com iluminação interior atrelado a uma Vespa LX125, com transmissão sonora e de bluetooth. Os promotores podem estar vestidos de acordo com cada campanha e distribuir amostras nos momentos em que não estão em circulação. As Look Walkers são caracterizadas por serem um conceito de publicidade móvel pedonal com 2,5 metros de altura. Também neste caso pode ser conjugada com distribuição de sampling. Já os Look Cards são postais à prova de água que são colocados nos vidros laterais dos automóveis, através da utilização de uma ventosa. Nos centros comerciais, a Wow possibilita publicidade nos corrimões de escadas rolantes. Até ao momento a Wow é apenas fornecedora deste produto, não dispondo de qualquer rede publicitária.

Os preços variam de acordo com o pedido do cliente mas, a título de exemplo, nas Look Vespas, uma frota de quatro vespas com oito horas de circulação, sampling, som e bluetooth custa 1.920 euros, a preços de tabela.

João Cunha, director geral da Wow, acredita que estes suportes são sobretudo complementares aos tradicionais, “porém, a sua importância é cada vez maior no planeamento das marcas”. E acrescenta: “Todas querem associar a sua marca a inovação e originalidade, procuram contactos precisos e não apenas massificados, aproximação/relacionamento com o público-alvo e notoriedade”. O mesmo responsável diz que o buzz mediático que é produzido pela utilização de suportes inovadores é uma consequência, mas não deixa de ser um atractivo.

João Cunha dá um exemplo em que se justifica apostar forte nos suportes alternativos. Na abertura de uma loja, agência ou balcão fora dos grandes centros urbanos, em que dada a dimensão da cidade em causa e a mobilidade dos suportes móveis disponíveis, estes mostram-se altamente eficazes na comunicação e relacionamento com o público local, diz.

Também a NFM Global actua na área da publicidade móvel, com VCR (Viatura Comunicação Rodoviária) e Promobikes. Os preços variam naturalmente de campanha para campanha, mas o custo médio é de 175 euros por cada dia de circulação no caso dos VCR e de 115 euros no caso das Promobikes. Entre os clientes destes suportes estão marcas como Modelo, Pingo Doce, Continente, Feira Nova, Jumbo, E. Leclerc, Aldi, Makro, Worten, Sport Zone, Vobis, Sofatinni, SanLuis, Moviflor, Aki, Leroy Merlin, Conforama, Calçado Guimarães, ZON, Pluricanal, TV Tel e British Airways.

João Vinhas, administrador da NFM Global, explica que estes são meios de proximidade, que levam a mensagem ao local onde as pessoas estão. “A sua visibilidade é tão grande, que temos clientes que para anunciarem a abertura de uma loja utilizam apenas os nossos meios”, comenta. A vantagem dos meios móveis, explica, passa pela capacidade de ir ao encontro dos potenciais consumidores. E pelos vistos há vários anunciantes a ver as vantagens já que, segundo João Vinhas, a NFM tem crescido todos os anos. Nos últimos três anos a uma média de 50 por cento ao ano e em 2008 vão chegar aos 60 por cento de crescimento.

Pizzas, projecções, SMS aéreos e carregadores de telemóveis

A Publiup, que está no mercado publicitário nacional há oito anos, oferece em termos de suportes alternativos, publicidade de grande formato, projectos especiais de publicidade exterior, acções especiais, publicidade em caixas de pizza e publicidade em videojogos. André Robles, director comercial da Publiup, acredita que, no caso desta empresa, os suportes funcionam melhor e garantem um maior retorno no investimento dos clientes, caso sejam “apoiados” por outros meios. No entanto, “caso a campanha seja local penso que os suportes que disponibilizamos aos nossos clientes funcionam bastante bem per si”. E dá um exemplo: “Caso um banco vá abrir uma determinada sucursal num local, poderemos propor uma campanha com pendões ou em caixas de pizza, por forma a conseguir atingir o target pretendido das pessoas que circulam na zona”.

André Robles diz que sente que tem havido um crescimento da procura nos suportes que comercializam. “Temos clientes que até há bem pouco tempo não pensavam em anunciar nos nossos suportes.” Os anunciantes pretendem cada vez mais impactar os seus clientes de uma forma diferente e inovadora, explica.

A Oneway Group opera em várias vertentes distintas dos meios alternativos. No período de Verão trabalham com maior incidência a publicidade aérea em telas de impressão digital de grande formato. Já no Inverno, a empresa trabalha muito com projecções de grande dimensão, em publicidade outdoor ou eventos. Os projectores permitem criar outdoors gigantes nas fachadas de prédios, reproduzindo imagens com cerca de 400m2. Uma campanha de um mês de projecções pode rondar os 15 a 20 mil euros e um evento custará entre cinco e sete mil euros.

Tanto no caso da publicidade aérea como no das projecções, o mais comum é que estejam integradas numa campanha mais alargada. “No caso da publicidade aérea, tivemos o exemplo da TMN, em que as pessoas que estavam na praia e viam a tela, eram incentivadas a enviar um SMS para ter direito a falar por um euro por dia. Isto permitiu-lhes avaliar o impacto do meio, com o número de adesões durante as horas de voo”, conta Tiago Alves Ribeiro, director geral Oneway.

No caso das projecções, fizeram a revelação da nova imagem do jornal Público, que permitia ao cliente ter projectada a capa do dia seguinte em vários edifícios em Lisboa e no Porto. Também o lançamento da nova imagem dos CTT foi feita com sete projectores, numa imagem de 100 metros de comprimento por 20 de altura, dentro do Pavilhão Atlântico.

A Lifetime disponibiliza aos clientes a Emcarga e a Checkoutmedia. A primeira trata-se de uma rede (com 88 unidades) de carregamento de baterias de telemóveis com um quiosque interactivo com ligação a servidor central. Estão instaladas em centros comerciais e aeroportos. A Checkoutmedia é uma rede de caixa de hipers e supers com publicidade em 3D que tem como lógica a last mile de compras, ou seja, o último ponto de interacção que o anunciante tem com o consumidor dentro de uma placa de vendas. Entre as marcas que não quiseram ficar de fora na aposta destes suportes estão UZO, Vodafone, Banif, SIC (Gato Fedorento) e Tim w.e.

Tiago Andrade, director executivo da Lifetime, diz que os novos meios de comunicação são por definição uma question mark quando são lançados. Existe sempre alguma relutância em investir, por parte da maioria dos anunciantes. “Após os primeiros reports de resultados concretos, essa relutância desvanece-se e é superada pela assertividade do meio e pelos resultados concretos que o mesmo pode oferecer. A tendência de mercado é que os novos meios ganhem mais peso, à medida que a sua capacidade de gerar resultados se vai confirmando”, defende.

Na implementação de campanhas de street marketing e brand entertaiment, a Why Move usa soluções de mobilidade não poluente. Utilizam veículos eléctricos, veículos não poluentes em geral e meios de comunicação sensorial irreverentes como o Soundwalk. Segundo Bruno Gavino, active jumper da Why Move, “estabelecer valores de referência para campanhas com base nestes suportes é bastante complexo pois depende do impacto e buzz que se pretende gerar e ainda do tipo de retorno a retirar do evento”. Há clientes que investem algumas centenas de euros numa campanha promocional de activação local e outros que, com outro tipo de poder de investimento, fazem ascender estas quantias optando por road-shows nacionais em múltiplos locais e com múltiplas formas de comunicação. Em termos concretos podem arrancar com uma campanha low cost por 250 euros.

A crise como oportunidade

O assunto é inevitável. A crise está à porta. Mas se uns parecem preocupados, outros conseguem ver aí uma oportunidade. “Se os nossos clientes também precisam de clientes, vão ter de fazer algo para serem notados”, diz João Vinhas. E como “os meios que possuímos são óptimos para dar nas vistas, para passar a mensagem, logo, teremos, como temos tido, mais procura”, acrescenta. “Esperamos que a crise leve os clientes o movimento contrário”, ou seja, explica Rodrigo Puga, “que apostem em meios para os quais os seus clientes não estão insensíveis”.

Apesar de temer os efeitos que a actual crise possa ter no negócio, Nuno Matos Pires acredita que, “para certas campanhas e porque o nosso meio chega ao público de forma muito diferente, terá sempre utilização”.

Já André Robles confessa que teme os efeitos que a crise pode ter neste negócio. “Quando chega um momento como este, a publicidade é sempre um dos primeiros sectores, se não mesmo o primeiro, a ressentir-se”, comenta. No entanto, acredita que a crise irá afectar a publicidade em geral e não apenas os suportes alternativos.

João Cunha relembra que num período de crise, as marcas podem procurar que cada cêntimo investido em publicidade seja o mais eficaz de sempre, daí poderem optar por redes publicitárias altamente segmentadas. Neste cenário, os operadores de suportes alternativos sairão beneficiados. No entanto, este profissional tem noção que as marcas podem optar por uma alternativa mais conservadora e penalizante para os suportes alternativos, ou seja, não arriscarem num período de recessão financeira. Bruno Gaviano comenta também não temer a crise por perceber que a tendência do mercado e dos investidores em media é diversificar os meios aliando-se a novos conceitos.

O futuro dos suportes alternativos

As várias empresas têm já lançamentos na calha. Por exemplo, a Jetstream está a preparar um suporte de publicidade nocturna. A Lifetime está a desenvolver dois suportes para serem lançados em 2009, relacionados com o ponto de venda, uma “área que consideramos mais interessante para o anunciante pelo facto de poder despoletar o necessário impulso de compra no consumidor”, diz Tiago Andrade, executive director da Lifetime. Também a Wow tem previsto novos projectos em publicidade estática outdoor e em parques de estacionamento. Em Fevereiro de 2009, a frota de Look Vespas passará para 12 atrelados, sendo que os actuais quatro (de dupla face) vão para a Madeira em resultado de uma parceria com uma empresa local. Os novos oito serão de três faces.

E como medir?

Os novos meios apresentam o desafio de contabilizar o seu impacto junto dos consumidores. No entanto, não param de surgir novas ferramentas. A título de exemplo, a empresa InONe Solution, em parceria com a Quividi, lançou este ano um software que permite medir o perfil e o comportamento das pessoas no contacto com suportes de comunicação no ponto de venda, em redes publicitárias estáticas ou multimédia. O sistema de audimetria permite através de um sensor, com capacidade de verificar movimento até seis metros de distância, detectar os movimentos das pessoas em torno do suporte e, posto isto, os dados são enviados para o software que processa e analisa o género. Pedro Lacerda, sócio da empresa InOne Solution, referiu que “o sistema permite com 85 por cento de eficácia distinguir o género da pessoa através de um sistema de comparação das características físicas dos indíviduos com uma base de dados que contém as características gerais de cada género”. Após essa análise, o software pode direccionar a mensagem publicitária para o target presente. Um exemplo prático é: se o software detectar a presença feminina, o suporte veicula uma mensagem publicitária direccionada – que pode ser um anúncio sobre make-up, perfumes ou jóias. O sistema VidiReports pode ser utilizado com fins diferentes. O objectivo pode ser a medição de audiências, através da contabilização do número real de exposições à mensagem/meio. Pode também ser utilizado para o que os responsáveis chamam de target advertisement que consiste na variação mensagem publicitária que é veiculada consoante o género dos espectadores.

Sobre o autorMaria João Lima

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Anéis para ketchup e botas para guardar batatas fritas. Estarão as marcas a ir longe de mais? (com vídeo)

Com mais ou menos procura, o que é certo é que este tipo de artigos alimenta tendências nas redes sociais, controvérsias e a notoriedade das marcas envolvidas. Desta vez, a Pringles junta-se à Crocs para lançar umas botas com um compartimento para guardar batatas fritas, enquanto a Heinz apresenta um anel com uma mini caixa que transporta ketchup

As marcas estão a surfar uma onda de criatividade sem limites para criar produtos bizarros e com destinos mais ou menos duvidosos, em cobrandig, ou não, com marcas de diferentes segmentos. À partida, anéis para guardar ketchup e botas com um compartimento para guardar batatas fritas, não são os gadgets com as maiores das utilidades. Mas, com mais ou menos procura, o que é certo é que este tipo de artigos alimenta tendências nas redes sociais, controvérsias e… a notoriedade das marcas envolvidas.

As novas botas Crocs Classic Crush, na versão alterada em parceria com a Pringles, permitem guardar uma lata de batatas fritas Pringles num compartimento lateral, além de terem outro espaço que pode ser ocupado por outro tipo de snacks. Além das novas botas, a coleção apresenta, ainda, outros dois modelos de Crocs – os Classic Clogs e os Classic Slides -, com o logotipo da Pringles na sola e buracos para inserir acessórios tão úteis, como o logotipo da Pringles, uma lata ou um batata frita em miniatura, bem como a figura do Mr. P,  além da presilha da soca replicar o emblemático bigode do Mr. P.

No caso da Heinz, a marca quis surpreender os amantes de ketchup e criou um anel onde se pode guardar ketchup discretamente, para utilizar em refeições fora de caso. Bizarro? Aqueles que não prescindem do ketchup Heinz agradecem a possibilidade de poderem desfrutar deste molho de tomate, em qualquer lugar. Este gadget é promovido através da campanha “A joia oculta”, da Dentsu Creative Iberia, sob o mote “O anel que esconde mais do que desejas”. A campanha já deu que falar na página de Instagram da Heinz Espanha, com os consumidores a pedirem que a marca disponibilize o anel, que ainda não está à venda.

 

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

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O que pode ler na edição 955 do M&P

Um artigo de fundo sobre a ascensão das microagências de comunicação e assessoria de imprensa, um dossiê especial sobre marketing digital e a coluna do novo colunista do M&P, Pedro Simões Dias, fundador da Comporta Perfumes e advogado de proteção de direitos de marcas, são alguns dos temas da edição 955

Na edição 955 do Meios&Publicidade destaca-se um artigo de fundo sobre a ascensão das microagências de comunicação e assessoria de imprensa, num mercado em que, cada vez mais, as marcas nacionais e internacionais trocam agências de comunicação de média e grande dimensão por estruturas mais pequenas. Carlota Morais Pires, fundadora da The Communication Studio, é uma das empresárias da comunicação, entrevistada pelo M&P, que se lançou sozinha com uma microagência. Sofia Jardim, proprietária da Strategic Time, conta as razões para que, ao fim de um ano a operar sozinha na comunicação, tenha criado uma outra empresa com parceiros no Dubai, da Digital Connection.

Na rubrica Como é que não me lembrei disto?, o projeto ADLam de digitalização do alfabeto do idioma pulaar, desenvolvido pela McCann/Nova Iorque, é o trabalho que Levi Olivares, diretor digital da McCann Lisboa, gostaria de ter feito.

O Especial Marketing Digital aborda os temas relacionados com a revolução tecnológica e a necessidade de profissionalização no marketing digital, bem como algumas das transformações que este setor enfrenta, como o avanço da inteligência artificial, a procura crescente por personalização e a adaptação a novas plataformas e formatos.

Na Opinião, Pedro Simões Dias, fundador da Comporta Perfumes e advogado de proteção de direitos de marcas, é o novo colunista do M&P. Escreve sobre criação e construção de marcas e os desafios relacionados com propriedade intelectual e dados pessoais, entre outros.

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Gillian Anderson e Dali Benssalah protagonizam campanha da Havas Paris para a Sofitel (com vídeo)

Produzido pela Prose on Pixels e realizado por John Hillcoat, o filme publicitário que promove a marca hoteleira francesa foi gravado no México. Além de homenagear o cinema, também valoriza as comunidades locais das regiões onde a cadeia tem hotéis e resorts

The Encounter é o nome da nova campanha publicitária da Sofitel, protagonizada pelos atores Gillian Anderson e Dali Benssalah, embaixadores internacionais da marca hoteleira. Com criatividade da Havas Paris, produção da Prose on Pixels e realização de John Hillcoat, o filme publicitário que a integra mostra o quotidiano agitado de dois artistas que, depois de um dia de trabalho, se cruzam no Sofitel Mexico City Reforma, o hotel escolhido para as gravações do anúncio.

Além de homenagear o cinema, a campanha multimeios também revisita um mercado tradicional mexicano como forma de valorizar as comunidades locais das regiões onde os 120 hotéis e resorts da Sofitel estão localizados. “Este vídeo simboliza, precisamente, o novo posicionamento da Sofitel, o desejo de criar encontros entre culturas, pessoas e ideias, que é, no fund0, a própria definição do nosso ADN”, explica Nicolas Gronier, vice-presidente de marketing global da Sofitel.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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LLYC lança audiolivro que ensina marcas a avaliar o impacto das estratégias de marketing com recurso à IA

Escrita a quatro mãos por María Esteve e Miguel Lucas, a obra, a primeira que a consultora cria neste formato, tem edição e consultoria editorial de Ramón González Férriz. Também disponível em versão digital, está acessível gratuitamente no site da LLYC

From Words To Algorithms: Understanding Public Opinion With AI é o título do primeiro audiolivro da LLYC. Narrada e transcrita num tom informativo, a obra, também disponível em versão digital, alterna histórias com reflexões que levam os ouvintes e os leitores a embarcar numa viagem através das paisagens em mudança que marcam a geografia atual. Com edição e consultoria editorial de Ramón González Férriz, o título conta com a colaboração de Miguel Lucas, diretor global de inovação da LLYC. María Esteve, diretora-geral de corporate affairs da LLYC Latam, é outra das coautoras.

Através de casos reais e de exemplos práticos, o novo lançamento, que pode ser ouvido ou descarregado gratuitamente através do site da consultora, explica como, com recurso à inteligência artificial (IA), as marcas podem avaliar melhor o desempenho das ações que desenvolvem. “A análise avançada, os dados e a tecnologia desenvolvidos pelas empresas servem para compreender melhor a sociedade, permitindo que os gestores tomem decisões audazes e mais eficazes para proteger e fazer crescer o valor das suas organizações”, esclarece a empresa em comunicado de imprensa.

“Esta obra demonstra que as análises de conversa digital são uma ferramenta poderosa para analisar a conversa digital que combina a interpretação de dados em massa com a experiência dos nossos profissionais. O resultado permite ao leitor/ouvinte compreender as dinâmicas sociais, identificar as comunidades e territórios que influenciam a narrativa do seu negócio, conhecer o impacto que têm nas suas marcas e que oportunidades ou riscos representam em termos de reputação de marca, estratégia de marketing, comunicação e assuntos públicos”, explica ainda a LLYC.

“A aplicação de técnicas de análise avançada à conversa social é fundamental para eliminar subjetividades na interpretação do contexto e para poder tomar as decisões mais acertadas. A análise dos padrões de compromisso que se produzem na conversa social fornece, muitas vezes, informações mais interessantes do que a própria análise semântica das mensagens: quais são as principais comunidades, os verdadeiros influenciadores, os polos ideológicos e os perfis dos conectores essenciais, para citar apenas algumas”, afirma também Miguel Lucas, coautor do livro.

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Fuel promove variedade da Cozinha Continente com campanha produzida pela More Maria (com vídeo)

Com direção criativa de João Madeira, redação de João Madeira e André Pereira, e direção de arte de Ruben Rodrigues, o filme publicitário que integra a campanha foi realizado por Fernando Mamede, com direção de fotografia de Bernardo Infante

Protagonizada pela atriz Gabriela Barros, a nova campanha publicitária multimeios do Continente dá a conhecer a variedade das propostas gastronómicas da marca Cozinha Continente, criada em Vila Real, em 2022. Idealizado pela agência Fuel, o filme que a integra, com direção criativa de João Madeira, redação de  João Madeira e André Pereira, e direção de arte de Ruben Rodrigues, mostra uma mulher a recorrer à variedade da gama de refeições da insígnia para dar resposta às necessidades alimentares da família.

Produzido pela More Maria com consultoria da Pro(u)d, o anúncio tem produção executiva de Alexandra Dias, produção de Rui Pimenta, gestão de produção de Guilherme Carvalho e coordenação de produção de Inês Duarte. Realizado por Fernando Mamede, com direção de fotografia de Bernardo Infante, conta ainda com a direção de arte de Sofia Pereira, coordenação de pós-produção de Ricardo Montez, edição de Marco Miguel, colorização de Paulo Inês da Light Films e sonoplastia da Índigo.

Divulgada em televisão, rádio, exterior e digital, a campanha, que também pode ser vista nas superfícies comerciais da marca, pretende enaltecer “a qualidade das nossas refeições, consequência de uma profunda revisão de todas as suas receitas, num trabalho conjunto entre chefs e nutricionistas, que resultou numa oferta variada de refeições prontas, confecionadas com os melhores ingredientes, sem adição de corantes ou conservantes, aromas artificiais ou intensificadores”, refere a MC em comunicado.

“Pretendemos levar a toda a gente e em qualquer lugar o melhor da nossa cozinha, investindo sobretudo na qualidade das refeições prontas que oferecemos, contando com a ajuda do chef André Matos e de uma equipa de nutricionistas. A marca tem apresentado um sólido crescimento. Temos planos ambiciosos para 2024, perspetivando um crescimento a duplo dígito nas vendas do negócio Cozinha Continente e duas novas aberturas de restaurantes”, revela Ana Alves, diretora de soluções alimentares da MC.

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Campanha da Dentsu Creative Portugal para Meo e Amnistia Internacional tem quatro nomeações nos prémios The One Show 2024

Filme publicitário de homenagem aos trabalhadores que perderam a vida durante a construção dos estádios para o campeonato mundial de futebol no Catar, em 2022, acaba de conquistar, a 17 de abril, quatro troféus nos Prémios de Marketing M&P’23

A campanha publicitária The Forgotten Team, que a Dentsu Creative Portugal desenvolveu para a Aministia Internacional com o patrocínio da Meo, está nomeada para quatro prémios no The One Show 2024. Está selecionada nas subcategorias Non-traditional & Guerrilla Marketing e Direct Marketing for Good, ambas na categoria de Direct Marketing, e na subcategoria Experiential & Immersive for Good (na categoria Experiential & Immersive) e na subcategoria Out of Home for Good (na categoria Out of Home).

O filme publicitário, que homenageia os trabalhadores que perderam a vida durante a construção dos estádios para o campeonato mundial de futebol da FIFA no Catar, em 2022, ganhou, a 17 de abril, Ouro nas categorias Suporte Alternativo, Campanha Multimeios Integrada, Ativações e Patrocínios e Responsabilidade Social, nos Prémios de Marketing M&P’23, quatro prémios que se juntam aos que tem vindo a receber.

A campanha publicitária portuguesa, que já tinha conquistado um Leão de Ouro e um Leão de Bronze na 70ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, em 2023, também foi distinguida com dois prémios de bronze nas categorias A Força do Bem e Ativação e Patrocínios na 19.ª edição dos Prémios Eficácia, em novembro do ano passado.

Nos APPM Marketing Awards 2023, venceu bronze na subcategoria Sustentabilidade e Responsabilidade Social da categoria de Marketing, prata na subcategoria Integrated Campaign da categoria Advertising e bronze na subcategoria Integrated Media da categoria Media.

Criados em 1973, os prémios The One Show, promovidos pela The One Club for Creativity, organização norte-americana sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, distinguem anualmente centenas de agências, marcas, empresas, organizações não-governamentais e profissionais individuais de todo o mundo. Entre 3 de novembro de 2023 e 1 de março de 2024, foram submetidas a concurso 20 mil candidaturas, provenientes de 69 países. O anúncio dos vencedores está agendado para 17 de maio, numa gala no Cipriani Wall Street, em Nova Iorque.

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EDP reforça benefícios dos painéis solares na primeira campanha criada pela Nossa (com vídeo)

Além da criatividade da Nossa, com Nuno Presa Cardoso como diretor criativo executivo, e Rafael Clark e Rui Simões, como diretores criativos, a campanha Eu Escolho Painéis Solares conta com a produção da 78 Films, realização de Nuno Alberto e João Marques e o planeamento de meios da Wavemaker

A EDP Comercial tem no ar a Eu Escolho Painéis Solares, a primeira campanha criada pela agência criativa Nossa, que conquista a conta da marca de energia no final de 2023. Sob o mote ‘Porque mesmo quando escolhes o melhor para ti, escolhes o melhor para todos’, a campanha visa reforçar os benefícios da energia solar para residências, que, segundo a EDP, podem chegar a 30% de poupanças financeiras mensais na eletricidade, ou até 70%, se for adicionada uma bateria de armazenamento de energia. A campanha está presente em televisão, rádio, múpis, lojas, redes sociais e outros formatos digitais.

Os protagonistas da campanha são o Vasco, o Vítor, a Vanessa, a Vera, o Vicente e o Valter, ‘vizinhos’ e ‘clientes’ da EDP que têm uma coisa em comum, painéis solares instalados nas suas casas. Nuno Presa Cardoso, diretor criativo executivo da Nossa, explica ao M&P que a escolha dos nomes começados por ‘V’ foi porque “a equipa criativa achou que ia criar curiosidade e que a campanha se tornava mais facilmente memorável”.

A campanha publicitária, que promove um mês de eletricidade grátis aos clientes que aderirem à oferta durante o mês de abril, foi gravada em diversas localidades nos arredores da capital, como Carcavelos, Banzão, Colares e Oeiras, bem como no bairro de  Alvalade, em Lisboa. Além da criatividade da Nossa, com Nuno Presa Cardoso como diretor criativo executivo, e Rafael Clark e Rui Simões, como diretores criativos, a campanha Eu Escolho Painéis Solares conta com a produção da 78 Films, realização de Nuno Alberto e João Marques e o planeamento de meios da Wavemaker.

“A visão partiu do acesso a diversos estudos que demonstram que, no que toca à instalação de painéis solares, existe um ‘neighbor effect’ muito vincado”, explicam Rui Simões e Rafael Clark, diretores criativos da Nossa. “Ou seja, se eu instalo, há uma forte possibilidade do meu vizinho querer instalar também, e assim sucessivamente, e existe este efeito de contágio que achámos interessante representar na campanha, através de uma narrativa leve onde mostramos que, independentemente das razões de cada um, instalar painéis solares é bom para todos”, rematam.

Teresa Cristina Quintella, diretora de marca comercial da EDP, reforça que “esta ideia, assente nas escolhas de cada um, ajuda a tangibilizar a assinatura institucional ‘Nós Escolhemos a Terra’. É uma forma de demonstrar que essa escolha maior da EDP também permite às pessoas fazerem as suas escolhas, dando protagonismo aos clientes e colocando a marca como parceira nessas decisões”.

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Só 41% dos consumidores é que optam por marcas sustentáveis

Ainda que 92% dos compradores nacionais estejam dispostos a adquirir uma insígnia diferente da que costumam comprar por razões de sustentabilidade, a percentagem dos que o fazem efetivamente acaba por ser bastante inferior, revela um estudo da Escolha do Consumidor

Apenas 41% dos compradores portugueses é que têm o hábito de optar por marcas sustentáveis, ainda que 92% estejam dispostos a adquirir outra insígnia se esta for mais sustentável, revela o estudo Escolha do Consumidor. Os restantes 8% preferem manter-se fiéis às marcas que já conhecem. As razões apontadas são a lealdade à marca a que já estão habituados, o preço mais elevado, o gostarem do produto ou serviço que utilizam e o facto de a sustentabilidade não ser um ponto crucial nas suas escolhas.

“Além destes, a falta de informação clara sobre a sustentabilidade dos produtos e serviços é outra das barreiras indicadas à compra deste tipo de produtos”, refere a Escolha do Consumidor em comunicado de imprensa. “No que diz respeito ao momento de compra, 59% adquirem artigos com os quais já estão familiarizados”, refere ainda o documento.

Para 76% dos inquiridos, as iniciativas sustentáveis das empresas podem influenciar a lealdade dos clientes às marcas. “Quando falamos das embalagens dos produtos, 46% dos consumidores afirmam que, sobretudo quando há opções mais sustentáveis disponíveis, a embalagem é um fator decisivo na compra. Apenas 12% não concordam que este seja um fator decisivo”, revela também a análise.

“Vivemos um novo paradigma, onde a sustentabilidade está cada vez mais associada ao nosso consumo. Isso é visível neste estudo, em que a redução das emissões de carbono por parte das empresas, a inovação tecnológica que o serviço ou produto incorpora, de forma a reduzir o impacto ambiental, e o impacto social por detrás dos artigos e serviços são os parâmetros com maior relevância para os consumidores”, sublinha Cristiana Faria, diretora de marketing da ConsumerChoice.

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“Gosto de ser desafiado e de levar o meu trabalho para além daquilo que eu próprio acho possível”

Acaba de criar um Mini que só pode ser visto nos stands da marca. Apesar de estar a desenvolver um mural com 11 mil azulejos para uma estação de metro em Paris e a trabalhar numa exposição individual para um museu em Bruxelas, Vhils ainda tem tempo para colaborar com empresas. Em entrevista ao Meios & Publicidade, Alexandre Farto, sócio da agência criativa Solid Dogma, explica o que o motiva e o que mais o entusiasma nestes trabalhos com marcas

Tracery é o nome da nova criação automóvel do projeto artístico que une Vhils à Mini, desde 2021. O termo anglo-saxónico, tradicionalmente associado à arquitetura gótica, um estilo marcado por uma decoração ornamental estrutural, é indissociável do rendilhado, conseguido com 30 mil perfurações, que a nova obra de Alexandre Farto revela.

A criação, apresentada no Barreiro, vai ser exibida nos stands nacionais da marca, antes de rumar ao Museu BMW, em Munique. Na sequência da visita que fez a fábrica da marca em Oxford, Vihls elegeu um Mini MkI, de 1965, como a matéria-prima da obra de arte que o Vhils Studio desenvolveu, sob a sua supervisão e em parceria com a Rusty Soul Garage, oficina especializada no restauro de carros clássicos.

“Foi um trabalho longo que envolveu muitas equipas”, reconhece o criativo, que, além de ser um dos impulsionadores da galeria de arte Underdogs e do Festival Iminente, através da Cultural Affairs, organização que fundou, é também um dos novos embaixadores nacionais da Mini, marca do grupo BMW.

O que é que foi mais desafiante nesta nova colaboração com a Mini?

Enquanto artista, tenho um forte impulso para experimentar novas formas de criação. Este projeto proporcionou-me uma oportunidade de inovar, de desenvolver uma nova técnica que criasse um efeito que tinha imaginado durante o processo criativo. No final, talvez tenha sido isso o mais desafiante. Encontrar, através de um processo de tentativa e erro, a forma certa de concretizar o conceito.

O processo é bastante meticuloso e complexo e, apesar de ter sido inspirada por um objeto de produção mecânica, esta obra acabou por ser concretizada de forma artesanal. Tive de fragmentar a composição que desenhei em pequenos pontos para criar uma ilusão de tons e sombras. Depois, a intervenção na carroçaria do Mini antigo que escolhi foi executada com o uso de brocas de ferro com diferentes diâmetros. Foram feitos quase 30 mil furos. Depois, ainda houve a fase do acabamento para chegar ao efeito final. Foi um processo longo e desafiante, mas também gratificante.

Como é que surgiu a inspiração para idealizar esta obra?

O processo de desenvolvimento passou por muita pesquisa e também por visitas técnicas à fábrica da Mini e ao museu da Mini, em Oxford. Tudo isto serviu como fonte de inspiração. Foi muito interessante poder mergulhar neste mundo mecânico, uma verdadeira experiência de aprendizagem. É verdade que a Mini faz parte de um imaginário coletivo e isso tem relevância. Aqui, o foco foi direcionado para aquilo que o Mini representa e o impacto que teve nas pessoas e nas cidades.

Uma criação democratizadora, que realmente pensou nas necessidades das pessoas e nas especificidades da vida urbana. Já tinha abordado esta dimensão em 2022 quando criei uma homenagem monumental ao Sir Alec Issigonis, o criador do carro original. O seu legado de abertura e acessibilidade também está refletido neste novo trabalho.

Já trabalhou com a Mini anteriormente. Qual é o tipo de relação que tem com a marca?

Esta relação com a Mini já dura há algum tempo e estende-se para além da minha prática enquanto artista. A Mini tem apoiado exposições e projetos da Underdogs e também o Festival Iminente. Estas parcerias são importantes no contexto da cultura porque permitem expandir a dimensão e o impacto do trabalho que é feito.

Já tinha feito outros trabalhos com automóveis, para a Seat. A abordagem foi diferente?

A minha abordagem acaba por ser sempre diferente de projeto para projeto. É uma das coisas que mais me realiza enquanto artista, poder explorar um mundo de possibilidades e, a partir daí, criar. O meu trabalho está muito ligado à cidade e o automóvel, enquanto objeto utilitário e elemento visual, é hoje quase indissociável da paisagem urbana.

É também fruto de uma evolução tecnológica que teve um efeito inegável no desenvolvimento da sociedade contemporânea. Aquilo que poderá ter sido semelhante nas abordagens é o reflexo desta ideia. Por outro lado, tanto a Seat como a Mini estão a tomar passos importantes no que toca à transição para um modelo mais sustentável, que é algo que me aproxima ainda mais deste tipo de parcerias.

Já desenvolveu trabalhos criativos para marcas como a Vista Alegre, a Sagres, a Super Bock e a EDP, além da Mini e da Seat. Como é que seleciona os convites que aceita?

Sinto-me sempre honrado quando sou convidado para criar novos projetos e estas colaborações apresentam desafios interessantes que apelam muito à inovação. São ligações simbióticas e experiências enriquecedoras. Do lado artístico, abrem-me portas a um nível criativo que talvez não fosse possível de outra forma. Para o outro lado, são oportunidades de integrar abordagens e perspetivas diferentes, a que poderão não estar habituados.

É um pouco isso que procuro quando recebo estes convites. Também já desenvolvi trabalhos com algumas marcas internacionais, como a Hennessy. Quando as visões estão alinhadas e nos permitem explorar novos universos criativos, e ao mesmo tempo apoiar a nossa missão, acaba sempre por fazer sentido.

O processo criativo das colaborações com marcas é muito diferente do das obras de arte?

Sim e não. Todos os projetos, sejam murais, obras de estúdio ou colaborações, acabam por resultar do processo criativo, conceptual, plástico e estético que tenho vindo a desenvolver ao longo da minha experiência enquanto artista. O que acaba por ser um pouco diferente nestes casos é que o contexto geral é logo apresentado à partida e é esse contexto que tem de ser estudado e explorado.

O resultado deriva sempre da minha abordagem criativa às ideias que surgem durante esse processo. É importante que exista um alinhamento de missão e mensagem e, acima de tudo, liberdade criativa. E também uma abertura para abraçar outros projetos, como a Underdogs e o Festival Iminente, o que permite expandir todo aquilo que temos vindo a concretizar nos últimos anos.

Quais são os outros projetos que tem entre mãos com outras marcas?

Neste momento, tenho alguns projetos que estou a desenvolver, ainda não posso revelar quais, mas mais dedicados à exploração de novos materiais e técnicas. Para mim, é muito importante a evolução constante, a imersão em novos territórios artísticos que quero explorar.

Em termos de criações artísticas que não envolvam marcas, que projetos tem para este ano?

Agora em abril, vai ser inaugurado, no edifício da Câmara Municipal da Amadora, um mural em azulejo que criei com o lendário fotógrafo Alfredo Cunha, por quem tenho uma grande admiração. É um projeto que integra as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril. Este ano, vai ser também marcado pela conclusão da primeira parte de um projeto monumental que estou a fazer para o Grand Paris Express, uma nova rede de metro com mais de 200 quilómetros e 68 novas estações.

Fui convidado para criar uma intervenção de arte pública em grande escala para a estação de metro de Orly e concebi um mural composto por mais de 11 mil azulejos acabados à mão. Este projeto também terá intervenções em outras estações feitas por artistas, como a Mona Hatoum, o JR, o Daniel Buren, o Eduardo Kobra, o Michelangelo Pistoletto, o Krijn de Koning e o Superflex.

Estou também a trabalhar numa grande exposição individual num museu em Bruxelas, que ainda não posso divulgar, mas que também vai ter uma componente importante de intervenção na cidade.

Já criou NFT, idealizou peças de cerâmica, fez curadoria para festivais e vídeos para os U2. O que é que ainda lhe falta fazer?

Apesar de haver coisas que ainda quero concretizar, gosto de ter uma postura de abertura em relação a tudo que a vida pode trazer. Gosto de ser desafiado e de levar o meu trabalho para além daquilo que eu próprio posso achar possível. Uma das melhores partes de ser artista é poder trabalhar com uma sensação de ausência de limites.

Acionista minoritário na Solid Dogma

Fundada em 2015 por Alexandre Farto e Pedro Pires, a Solid Dogma, apresentada ao mercado como uma agência criativa que pretendia juntar artes e marcas, continua a cumprir o seu propósito. Quase uma década depois, Vhils continua ligado ao projeto, ao contrário do ex-sócio, que, a 8 de janeiro, anunciou a saída da empresa para se dedicar à Poets & Painters, uma editora independente que alia a poesia ao design através do lançamento de livros e de objetos artísticos.

A Solid Dogma, que desde 2021 é detida maioritariamente pelo grupo Independence Investments, desenvolveu, em meados do ano passado, a nova identidade visual da Mimosa. Na reta final de 2022, tinha criado a imagem, a assinatura e o posicionamento da nova máquina Rise da Delta Q, uma criação estética do arquiteto e designer francês Philippe Starck.

Atualmente, são vários os projetos que a agência tem em mãos. “Hoje em dia, não estou envolvido nas operações diárias mas, enquanto acionista minoritário, estou atento à sua evolução”, garante Alexandre Farto.

 

Parceria com Vhils absorve 30% do orçamento de marketing da Mini

Iniciada em 2021, a parceria entre a Mini e Vhils, que absorve 30% do orçamento de marketing da marca automóvel, tem sido benéfica para ambas as partes. “Temos propósitos comuns, queremos ter uma intervenção nas cidades que deixem uma marca positiva e encontrámos no universo do Vhils o terreno onde o podemos exprimir”, justifica, ao Meios & Publicidade, Gonçalo Empis, diretor-geral da Mini Portugal.

Em troca de visibilidade, além de patrocinar a Cultural Affairs, organização fundada por Alexandre Farto que gere a galeria Underdogs e dinamiza o Festival Iminente, a empresa também disponibiliza uma frota de 15 carros ao artista. Vhils, a par do cantor e compositor Dino D’Santiago e da ativista Rita Tapadinhas, fundadora do projeto Plant a Choice, é também um dos três novos embaixadores nacionais da Mini. “Acreditamos mesmo nesta parceria e o valor que investimos, que tem estado estável ao longo dos anos, mostra a importância que lhe atribuímos”, sublinha o responsável.

Nos últimos três anos, a colaboração com a Mini com Vhils deu origem a várias iniciativas. Logo no primeiro ano, resultou na criação de uma edição exclusiva de tejadilhos artísticos, assinados por artistas emergentes nacionais que colaboram com a Underdogs. “O dinheiro que os clientes pagaram foi investido em projetos de responsabilidade social”, revela Gonçalo Empis. Em 2022, o fundador da Mini, Sir Alec Issigonis, foi homenageado por Vhils com uma criação em brita no topo de um silo automóvel abandonado, em Lisboa.

Depois do Mini MkI de 1965, apresentado publicamente a 20 de março no Vhils Studio, no Barreiro, a próxima fase do projeto colaborativo já está a ser pensada, com ações que integram o plano promocional da marca para 2025. “Não posso ainda revelar muito mas, depois de termos atuado num carro antigo, o nosso desejo é fazermos algo de especial num dos modelos da nova geração”, confidencia Gonçalo Empis.

 

Artistas que (também) não resistiram ao apelo da publicidade

Pelo desafio de experimentar uma área diferente e/ou pela necessidade de diversificar as fontes de rendimento, têm sido muitos os artistas que, ao longo das últimas décadas, têm desenvolvido projetos com marcas.
Uma das colaborações mais populares é a que uniu Andy Warhol à Campbell’s. Ainda que inicialmente o impulsionador da pop art se tivesse apropriado indevidamente das latas de sopa de tomate da empresa para a primeira exposição individual que fez, em 1962, a marca acabaria por se associar ao criativo para se promover.

No final da década de 1960, lançou o souper dress, um vestido de papel com padrões inspirados nos desenhos do artista. O primeiro trabalho de publicitário de Andy Warhol foi, no entanto, uma ilustração para uma marca de sapatos femininos, publicada na revista Glamour. Anos mais tarde, faria o mesmo para a Coca-Cola.

Em Portugal, a marca de refrigerantes norte-americana também colaborou com um artista. O escritor e poeta Fernando Pessoa, em início de carreira, foi o autor de “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”, um slogan ainda hoje recordado. O convite partiu da Hora, a primeira e única agência publicitária que existia em Portugal no Estado Novo.

Mais recentemente, além de Vhils, embaixador nacional da Mini que já promoveu a Seat, a Vista Alegre, a Sagres, a Super Bock e a EDP através das suas criações artísticas, também a artista plástica Joana Vasconcelos emprestou o seu talento à Dior, em Paris. Antes, tinha criado Giardino dell’Eden, o jardim labiríntico de flores artificiais, luz e som que a Swatch apresentou num pavilhão insuflável na Bienal de Veneza. A parceria estendeu-se depois ao Swatch Lookseasy, o primeiro relógio da marca a incluir elementos artesanais.

Ao longo do tempo, um pouco por todo o mundo, foram muitos os artistas plásticos que viram a sua arte usada para promover bens, serviços e empresas. Roy Lichtenstein fez ilustrações para publicitar eletrodomésticos e Toulouse-Lautrec criou cartazes para a sala de espetáculos Moulin Rouge, em Paris. Edward Hopper e René Magritte também o fizeram em início de carreira. Para sobreviver, Keith Haring aceitou trabalhos para a Lucky Strike, Absolut Vodka e Quick.

Nas últimas décadas, muitas marcas também recorreram a artistas clássicos para se promoverem. O logotipo de La Laitière da Nestlé é a figura feminina de um dos quadros de Johannes Vermeer. A antiga imagem da Manpower tinha uma figura masculina desenhada por Leonardo da Vinci. O icónico bigode de Salvador Dalí também inspirou a atual imagem da Chupa Chups.

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