Protagonista :: Marketing

Aprender com o mestre da restauração

Com um império na área da restauração, Danny Meyer resume o sucesso a dois factores: boa comida e hospitalidade. Conheça este empreendedorDanny Meyer, CEO do Union Square Hospitality Group, esteve […]

Maria João Lima
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Aprender com o mestre da restauração

Com um império na área da restauração, Danny Meyer resume o sucesso a dois factores: boa comida e hospitalidade. Conheça este empreendedorDanny Meyer, CEO do Union Square Hospitality Group, esteve […]

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ph0_0166.jpgCom um império na área da restauração, Danny Meyer resume o sucesso a dois factores: boa comida e hospitalidade. Conheça este empreendedorDanny Meyer, CEO do Union Square Hospitality Group, esteve em Portugal para apresentar o seu livro “Negócios à Mesa”, cujo prefácio é assinado por Miguel Alarcão Júdice, CEO do Lágrimas Hotels & Emotions. Da primeira vez que esteve em Portugal, há cerca de 30 anos, recorda, no que toca a comida, “o marisco e caldo verde, que comíamos todos os dias”.

No livro, o autor diz que a restauração é um dos poucos negócios em que se entrega directamente os bens produzidos ao consumidor e em que se vê a reacção do consumidor ao produto. Em entrevista ao M&P Danny Meyer confessou que não é difícil perceber os consumidores. “Acho que a chave é querer ler as suas reacções”, diz. E acrescenta que quando uma pessoa pensa em cada uma das boas experiências que teve em restaurantes, as que foram mesmo, mesmo boas foram aquelas em que, além da comida, houve uma relação humana, um diálogo entre o cliente e o empregado, o gerente ou o dono do restaurante. “Digo sempre às pessoas que querem entrar neste negócio ou noutro negócio que a primeira coisa é que têm mesmo que querer dar prazer a outras pessoas”. O responsável da cadeia chama-lhe “hospitality”.

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Mas essa característica não é ensinável. “Quando alguém tem a necessidade emocional de dar prazer a outras pessoas dizemos que tem um alto HQ (Hospitality Quotient). Da mesma maneira que não se pode ensinar uma pessoa a ter um alto coeficiente de inteligência, não se pode ensinar a ter um coeficiente de hospitalidade alto”, explica. Mas, sublinha, pode-se ensinar as pessoas a contratar pessoas com alto HQ. Para isso, os responsáveis têm é que estar atentos a cinco capacidades emocionais: o grau de simpatia, elevada ética laboral (preocupação em fazer algo mesmo bem feito), empatia (interessa-lhes a forma como as pessoas se sentem), conhecimento de si próprio e integridade (sabem como fazer as escolhas acertadas na vida). Segundo Denny Meyer, “se estas capacidade forem elevadas, a tendência é que tenham um alto HQ. Depois disso, é só preciso ensinar-lhe o que têm que fazer”.

Sucesso: comida e hospitalidade

A chave do sucesso na restauração, segundo Denny Meyer, é conjugar boa comida e hospitalidade. Os espaços que só têm um deles dificilmente terão sucesso. “Se tiver realmente boa comida toda a gente irá lá uma vez. Mas para conseguir que voltem e que se apaixonem, tem que pôr o coração a trabalhar”, explica. Na opinião deste gestor, não há mais nada que importe além da hospitalidade e do serviço. “Tudo o resto são sub-items desses”, diz. E exemplifica que o design é um sub-item da hospitalidade e do serviço. “Se o restaurante não for bem desenhado ergonomicamente, os empregados não podem fazer um bom serviço, os cozinheiros não podem cozinhar com rapidez suficiente. Logo, a performance não será boa. Se o restaurante for muito escuro, muito luminoso, muito barulhento, demasiado silencioso, se as mesas forem grandes de mais ou pequenas de mais, é um problema de design dentro da hospitalidade”, explica.

Denny Meyer sublinha que “a comida e a bebida são fundamentais até porque ninguém volta por um abraço”. E o gestor exemplifica com uma metáfora: “Há dois tipos de lâmpadas: incandescentes e fluorescentes. Uma delas também dá calor, a outra é fria. Eu sei que prefiro a que aquece.” E diz que isto funciona em todos os negócios: “Há muitos cabeleireiros nas cidades, todos fazem o mesmo, mas não volta sempre àquele que a faz sentir a melhor?”

Onde foi este americano beber estas influências? Durante quatro períodos distintos Danny Meyer viveu em Itália, totalizando um ano e meio. Nessa altura, com 21 anos, passou bastante tempo em trattorias familiares. “Em Roma há provavelmente 300 ou 400 trattorias e todas têm exactamente o mesmo menu: carbonara, amatriciana,… Não se tratava de criatividade, mas de tradições”, recorda. E diz que neste contexto, decidir qual é o espaço preferido é com base em “onde sentimos que estamos em casa, onde nos abraçam”, comenta. Apesar de na altura não se ter apercebido, hoje, olhando para trás “sei como sentia” esses espaços. E essa foi a base espiritual para o Union Square Café e “acho que até hoje é assim e esse restaurante já tem 23 anos. É um lugar que faz as pessoas sentirem que estão em casa”. Aliás, entre os clientes actuais estão alguns cujas mães lhes trocaram fraldas na cave quando ainda eram bebés, há mais de 20 anos. “Agora esses bebés são modelos a beber champagne”, brinca.

Em 23 anos de actividade, o Union Square Café construiu uma base de dados com 70 mil nomes de pessoas que pediram para pertencer a essa lista. Os outros espaços têm bases de dados menos extensas. “Sou um grande crente no permission marketing. Só quero ter os nomes e as moradas se as pessoas quiserem dar-mos”. Os clientes que constam das bases de dados recebem uma newsletter duas vezes por ano. “É uma carta minha, uma oportunidade de diálogo. Quero que as pessoas me respondam porque é assim que aprendemos”, explica. E em média recebe cinco cartas por dia, às quais responde de forma personalizada. “É crítico manter esse diálogo”, defende. É que “hospitalidade é sinónimo de diálogo”.

O poder dos jornais

Denny Meyer confessou ao M&P que lida com os críticos de jornais e com a imprensa de maneira muito cuidadosa. Na opinião deste gestor nenhum jornalista consegue arruinar um negócio. “Se ele disser as piores coisas do mundo e não tiver razão isso não pode prejudicar-me”, diz. E acrescenta que Nova Iorque tem tantos jornalistas e tantos blogues que, se por acaso alguém diz alguma coisa mal, todos respondem o contrário na blogosfera. “É como uma praça pública, ouve-se toda a gente a discutir em público. Às vezes, desejamos não ser nós o assunto”, confessa. E dá o exemplo de quando o The Modern abriu. “O NYT deu-lhe duas estrelas. Nós não dissemos nada, mas na web começou-se a falar e depois o crítico voltou ao espaço e deu três estrelas. É interessante ver como as coisas se nivelam”, comenta.

Na opinião de Denny Meyer “o que temos que entender é que as boas notícias viajam mais depressa por causa dos jornalistas. E as más notícias correm ainda mais depressa por causa deles. Se estivermos conscientes disto e que é da nossa performance que se trata, eles são apenas os mensageiros”.

Aprender com o passado

Na sua juventude, Denny Meyer assistiu a duas falências dos negócios do seu pai. O gestor acha que isso ajudou-o a evitar cometer os mesmos erros, mas por outro lado, “em toda a minha carreira tive muito medo de expandir-me depressa de mais”. Daí que tenha levado dez anos a abrir o segundo restaurante. “Tenho procurado arranjar um equilíbrio de crescimento. Mas não quero ser como o meu pai que cresceu demasiado depressa sem se rodear de boas pessoas, bons profissionais”, diz. Olhando para trás, Denny Meyer acredita que as falências do pai se deveram a não ter na sua equipa suficiente talento. “Tentava fazer tudo sozinho. Contratava pessoas que lhe diziam sempre que sim”, lembra. E acrescenta: “Quero contratar pessoas que digam que sim, que concordem com a minha filosofia de fazer negócios, mas que sejam pessoas que me ajudem a arranjar uma melhor maneira de lá chegar. Porque eu não tenho mais de 10% das respostas.”

Na sua carreira diz que já cometeu alguns erros. “Subestimei o que as pessoas esperavam de nós. Por exemplo, quando abri o Blue Smoke, o restaurante barbecue, não percebi o quão importante era ter um excelente serviço. Achei que por ser um restaurante barbecue, podíamos pôr isso de parte. Os empregados até podiam andar de ganga, mas não precisavam de saber servir vinho, achava eu. Mas estava enganado. Não percebi que na nossa marca, seja qual for o tipo de restaurante, as pessoas esperam comida fantástica e hospitalidade”, comenta. E o conselho que dá a todos os marketeers sobre como gerir uma marca relaciona-se com isso mesmo: “Acho que realmente precisam de saber como o consumidor usa a marca. Conheçam as marcas, saibam como as pessoas as vêem e garantam que tudo o que fazem amplifica a marca.”
Quem é Danny Meyer?

Danny Meyer nasceu e cresceu em St. Louis, no Missouri, numa família onde o convívio, a boa comida e as viagens eram prato do dia. Enquanto frequentava o Trinity College, o autor começou a trabalhar como guia turístico em Roma, ao serviço da agência de viagens do pai. Depois de se formar, trabalhou como assistant manager num restaurante italiano de Nova Iorque, o Pesca, saindo de lá para a Europa, onde estudou culinária em Itália e França.

De regresso aos Estados Unidos, aos 27 anos (em 1985) abriu o Union Square Café e desde então construiu o Union Square Hospitality Group que engloba desde o restaurante de luxo Gramercy Tavern (1994), à brasserie tradicional Eleven Madison Park, passando por casas especializadas em hambúrgueres Shake Shack, em churrascos com o Blue Smoke ou em cozinha indiana com o Tabla. O Union Square Hospitality Group emprega hoje cerca de 1.500 funcionários. Danny Meyer confessa que uma das razões pelas quais escreveu o livro “Negócios à parte” foi porque estava a tentar perceber porque é que os seus restaurantes estavam a funcionar tão bem. Há 22 mil restaurantes em Nova Iorque e no Zagat Survey (um livro que sai todos os anos e em que 20 mil nova-iorquinos votam os restaurantes), cinco dos restaurantes do Union Square Hospitality Group estão no top 18, dois deles são o número um e o número dois. “Esta foi uma oportunidade para ver o que estamos a fazer bem. Porque se conseguirmos identificar o que estamos a fazer bem, conseguimos repeti-lo. Portanto escrevi o livro para mim e para os meus funcionários”, sintetiza.

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Miguel Giménez de Castro dirige assuntos corporativos e ‘engagement’ da L’Oréal

“Vivemos um momento em que a reputação corporativa deixou de ser apenas um valor intangível para se tornar uma alavanca estratégica, que influencia a capacidade de exercer influência, atrair talento e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, diz Miguel Giménez de Castro (na foto)

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O L’Oréal Groupe escolhe Miguel Giménez de Castro para diretor de assuntos corporativos e ‘engagement’ para Portugal e Espanha, com início de funções a 1 de maio.

“Encaro esta nova etapa com entusiasmo e compromisso. É um privilégio poder liderar uma área que desempenha um papel essencial na articulação do posicionamento, do impacto e das relações com os grupos de interesse de uma empresa global como o L’Oréal Groupe. Vivemos um momento em que a reputação corporativa deixou de ser apenas um valor intangível para se tornar uma alavanca estratégica, que influencia a capacidade de exercer influência, atrair talento e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, refere Miguel Giménez de
Castro, citado em comunicado de imprensa.

Miguel Giménez de Castro irá liderar as áreas de comunicação externa e interna, estratégia de assuntos públicos, gestão de crise, ‘engagement’ de colaboradores e construção da marca corporativa. “Nesta nova função, vai integrar de forma estratégica as funções de comunicação corporativa e assuntos públicos, com o objetivo de maximizar o impacto do grupo entre os seus ‘stakeholders’ chave e fortalecer o seu posicionamento como ator empresarial responsável por um ambiente regulatório e dinâmico”, avança a L’Oréal em comunicado de imprensa.

Com um percurso internacional, Miguel Giménez de Castro conta com 20 anos de experiência em comunicação corporativa, relações institucionais e gestão de ‘stakeholders’, em setores altamente regulamentados como a energia, o aço, a automação e a tecnologia. Inicia a carreira na Repsol, em 2006, onde assume funções na área de comunicação e assuntos públicos, incluindo a direção destas áreas para a Argélia e outros mercados internacionais.

Posteriormente, ingressa na ArcelorMittal e na ThyssenKrupp, onde funda e lidera o departamento de comunicação e assuntos governamentais, para 72 países – como a Turquia – no Médio Oriente e África. No âmbito da automação, desempenha o cargo de diretor de comunicação, parcerias e liderança na Jannarelly Automotive, antes de se juntar à IBM, em 2021, como líder de comunicação, marca e liderança social para Espanha, Portugal, Grécia e Israel. Desde 2024 tem liderado a comunicação para a região de EMEA, englobando meios, marcas, crises, comunicação executiva e empresarial.

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SaTG amplifica campanha espanhola com lançamento de restaurantes virtuais

Os ex-futebolistas Gerard Piqué (na foto, à esq.) e Iker Casillas (à dta.) retomam picardias antigas, num projeto que “requereu muita coordenação e resiliência”, revela ao M&P João Ribeiro, sócio-gerente da agência Stream and Tough Guy

O jogo do campeonato espanhol que opõe o FC Barcelona ao Real Madrid CF, no próximo dia 11, está na origem da nova fase da campanha que a Stream and Tough Guy (SaTG) desenvolveu para a Uber Eats.

Entre os dias 9 e 11, a plataforma digital de restauração recupera a rivalidade entre os dois clubes através de três anúncios que mostram os ex-futebolistas Gerard Piqué e Iker Casillas a retomar picardias antigas para promover as bolachas Manitas de Piqué e os palmiers Orejonas de Casillas.

“O maior desafio neste projeto foi conseguir ‘cozinhar’ a opinião de todos os intervenientes nesta receita (SaTG, Uber Eats, La Liga, Gerard Piqué e Iker Casillas) acerca de todos os ingredientes da campanha, a tempo de sair do forno antes do jogo, que é já no próximo domingo. Foi um projeto que requereu muita coordenação e resiliência”, assume ao M&P João Ribeiro, cofundador e sócio-gerente da agência.

As Manitas de Piqué e as Orejonas de Casillas, as duas especialidades gastronómicas comercializadas nos dois restaurantes virtuais que os ex-futebolistas anunciam nos filmes publicitários, criados para televisão e digital, são comercializadas pela Uber Eats em exclusivo, em Madrid e Barcelona.

“Isto reforça a nossa estratégia de querer fazer trabalho a partir de Portugal para qualquer parte do mundo. Além de Espanha, já fizemos trabalhos para países como o Paquistão e os Estados Unidos, entre outros. Temos mais ideias no forno à espera de saírem para outros mercados muito em breve”, desvenda João Ribeiro.

Depois de reacenderem as picardias futebolísticas na última campanha publicitária conjunta, na qual o antigo defesa catalão e o ex-guarda-redes madrileno trocavam piadas sobre ‘manitas’ e ‘orejonas’, a Uber Eats transforma esses símbolos do futebol em produtos reais que os adeptos poderão encomendar em exclusivo, para saborearem nos dias que antecedem o clássico.

“As Manitas de Piqué são bolachas em forma de mão, inspiradas no mítico gesto do catalão após a vitória por 5-0 do FC Barcelona frente ao Real Madrid CF, em 2010. Já as Orejonas de Casillas são comercializadas numa caixa com 15 palmiers, um por cada troféu da Liga dos Campeões conquistado pelo Real Madrid CF”, explica a SaTG em comunicado de imprensa.

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8ª Avenida junta-se a Camaleaooo para recriar a Liga dos Campeões

O centro comercial, gerido e comercializado pela CBRE, junta-se ao conhecido criador de conteúdos nas redes sociais para consolidar a estratégia digital e de fidelização

O 8ª Avenida, centro comercial gerido e comercializado pela CBRE, dá mais um passo na consolidação da estratégia digital e de fidelização com o lançamento de um sistema de recompensas, a ‘Liga dos Pontos’.

Para dar a conhecer esta novidade, o 8ª Avenida junta-se ao conhecido criador de conteúdos nas redes sociais, Camaleaooo, para uma recriação da Liga dos Campeões.

A campanha do 8ª Avenida pretende transformar o clube de fidelização numa autêntica liga em que cada compra e cada visita ao centro comercial se tornam jogadas decisivas para acumular pontos e chegar ao topo das vantagens.

Esta nova funcionalidade é a materialização da estratégia global da Castellana Properties, que aposta numa transformação digital centrada na experiência do cliente e na criação de valor a longo prazo.

Este novo sistema vem reforçar a ligação entre o 8ª Avenida e os clientes, premiando a interação com benefícios reais e personalizados, através de uma experiência ‘gamificada’ que torna o processo de fidelização mais interativo. Através da APP, os utilizadores podem acumular pontos com ações simples do dia-a-dia — dentro ou fora do centro — e trocá-los por prémios, descontos, vantagens exclusivas ou participação em passatempos.

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Vendas da Temu e Shein caem com tarifas de Trump

As vendas nos Estados Unidos caíram drasticamente com o aumento de tarifas alfandegárias decretadas por Trump, no início de abril. A Shein regista uma queda de 23% e a Temu de 17%

As vendas da Temu e a Shein estão a cair drasticamente após o aumento das tarifas alfandegárias decretadas por Donald Trump. Na semana de 25 de abril a 1 de maio, as vendas da Shein caíram 23% e as da Temu 17%, de acordo com a análise de dados da Bloomberg Second Measure.

As duas gigantes ‘low cost’ da moda optaram por refletir os novos impostos no preço final dos produtos. Como consequência, o preço médio dos produtos da Shein, por exemplo, subiu entre 30% e 50%. Já os itens de beleza e saúde tiveram um aumento superior a 100%.

Recorde-se que Donald Trump assinou uma ordem executiva que eliminou a isenção “de minimis”, a partir de 2 de maio, para produtos oriundos da China e de Hong Kong, pondo fim ao procedimento que permite o envio de encomendas até 800 dólares (€709) sem cobrar taxas. A Europa também tem este modelo, mas aplicado a um teto de até €150.

Tarifas empurram investimento para a Europa

Com o futuro incerto nos Estados Unidos, a Shein e a Temu reduziram o investimento publicitário nos Estados Unidos e redirecionaram-no para a Europa, especialmente para o Reino Unido e França — embora essa estratégia possa durar pouco tempo, visto que os dois países estão a considerar aplicar medidas repressivas contra as importações ‘de minimis’.

Dados da plataforma económica Sensor Tower, divulgados pela agência Reuters, indicam que, em apenas um mês, a Shein reforçou o investimento publicitário em 35% no Reino Unido e França. Já a Temu aumentou as campanhas em França, em 40%, e no Reino Unido, em 20%.

A mesma plataforma indica que o investimento da Shein em redes como Facebook e Instagram nos Estados Unidos caiu 19%, entre 31 de março e 13 de abril, em comparação com dados do mês anterior. Já a Temu fez um corte ainda maior, reduzindo em 31% o investimento publicitário.
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Rebeca Venâncio assume comunicação e ‘public affairs’ do Grupo Brisa

“Era um objetivo profissional integrar uma grande organização nacional já consolidada, mas em contínua expansão, que tivesse uma aposta clara na internacionalização”, revela a nova diretora

Rebeca Venâncio (na foto) é a nova diretora de comunicação e ‘public affairs’ do Grupo Brisa, trocando a Microsoft, onde estava desde 2021, pelo grupo empresarial que gere plataformas e infraestruturas de mobilidade, para liderar uma equipa focada na comunicação e nas relações institucionais.

“Era um objetivo profissional integrar uma grande organização nacional já consolidada, mas em contínua expansão, que tivesse uma aposta clara na internacionalização e cuja atividade se centrasse também em pilares que contribuem para o desenvolvimento económico e social”, afirma Rebeca Venâncio, citada em comunicado de imprensa.

Licenciada em ciências da comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a nova líder da comunicação do Grupo Brisa iniciou-se profissionalmente no jornalismo, tendo integrado as redações da SIC, da TVI e do Diário Económico, antes de dirigir o departamento de comunicação e relações Institucionais da Revolut em Portugal, cargo que desempenhava antes de ir para a Microsoft.

Com a contratação de Rebeca Venâncio, Franco Caruso, até aqui diretor de sustentabilidade e comunicação do Grupo Brisa, assume agora o cargo de diretor de sustentabilidade e comunidades, “no âmbito do reforço do compromisso da empresa com a governança ambiental, social e corporativa”, esclarece o documento.

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Feeders reforça aposta na internacionalização

A empresa portuguesa, com um portefólio na execução de stands corporativos e ‘major events’, está presente no maior evento de iGaming dos Estados Unidos com a criação de um projeto de ativação para a Betano

A Feeders, estúdio criativo de arquitetura especializado na criação de espaços para marcas, vai estar presente no maior evento de iGaming dos Estados Unidos (SBC Summit Americas), a decorrer entre 13 e 15 de maio na Flórida.

A empresa portuguesa, com um portefólio na execução de stands corporativos, ‘major events’, bem como ‘fit-out’ em retalho e escritórios, consolida presença internacional com a criação e conceção de um projeto de ativação para a Betano.

O espaço da marca de apostas desportivas online contará com 81 m2 e servirá como espaço de ‘network’ entre a marca, parceiros e clientes. A Feeders, segundo o comunicado de imprensa, “criou um ambiente que fortalece a conexão tanto dos membros da marca como dos utilizadores, transmitindo através da arquitetura a identidade única da marca”.

Este projeto conta ainda com a intervenção da Digital Decor, empresa portuguesa especializada em produção gráfica e implementação de imagem, parceira da Feeders para este projeto.

“Este passo marca o início do nosso processo de internacionalização e contribuirá para concretizar contatos já estabelecidos neste mercado, que agora necessitam de personalização através da presença física da nossa equipa. Trata-se também de uma forma de demonstrar o impacto que geramos para as marcas, uma vez que teremos um espaço desenhado e imaginado por nós na conferência, visível a todos os potenciais clientes”, afirma Joaquim Silva, ‘partner’ da Feeders.

A SBC Summit Americas reúne mais de 10 mil profissionais do setor e acolhe mais de 400 expositores e patrocinadores, afirmando-se como uma das maiores conferências de negócios para as indústrias de apostas desportivas e iGaming dos Estados Unidos.

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87% das marcas têm aversão ao risco

Estudo do Cannes Lions revela que só 13% dos anunciantes está aberto a campanhas publicitárias que desafiem a criatividade, com 51% a assumirem incapacidade para gerar ‘insights’ fortes

Os anunciantes estão com mais medo de arriscar. Segundo o estudo ‘State of Creativity 2025: A Call For Confidence’ (na foto), divulgado pelo Cannes Lions, 87% das marcas têm aversão ao risco, sendo que apenas 13% estão abertas a campanhas publicitárias que rompam com os padrões convencionais e desafiem os limites da criatividade.

“Os resultados da pesquisa mostram que, em grande parte devido à falta de ‘insights’ sólidos e de relevância cultural, estamos a ver menos anunciantes a assumir riscos criativos, com muitos a ficarem-se pelos limites tradicionais e a não irem além das convenções, das barreiras que condicionam a confiança criativa e as impedem de gerar melhores resultados comerciais a longo prazo”, revela Patrick Jeffrey, vice-presidente do Lions Advisory, citado no estudo.

De acordo com a análise, que tem por base as respostas de mil ‘marketers’ e criativos de todo o mundo a um inquérito promovido entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, 51% das marcas assumem a incapacidade de conseguir gerar ‘insights’ suficientemente fortes para potenciarem a criatividade das campanhas. Apenas 13% consideram que os que apresentam às agências criativas têm força suficiente para originar anúncios que se destaquem pelo lado criativo.

“A investigação mostra que a aversão ao risco está a atrapalhar as empresas, com 29% das marcas a admitirem ser altamente avessas ao risco”, refere o documento. Além da falta de compreensão e clareza sobre o que constitui um ‘insight’ de boa qualidade, o estudo refere que o tempo alocado para o desenvolvimento de ‘briefings’ mais pormenorizados “tende a ser insuficiente”, até porque essa tarefa “não é considerada das mais prioritárias”.

“No entanto, as marcas que assumem riscos geram margens de lucro quatro vezes superiores, de acordo com pesquisas do World Advertising Research Center (WARC) e da Kantar, e, como relata a Deloitte, as que revelam maior propensão para assumir riscos criativos têm 33% mais probabilidades de ver um crescimento de receitas a longo prazo”, salienta o estudo, que já vai na quinta edição anual.

57% das marcas têm dificuldade em acompanhar tendências

A análise do Cannes Lions defende que, quanto mais forte for a relação entre anunciantes e agências criativas, maior será a capacidade das marcas de desenvolverem ‘insights’ com uma qualidade superior. “Tanto as equipas como os métodos devem ser pluralistas para evitarem preferências pessoais em detrimento da compreensão do consumidor, sendo que o uso de inteligência artificial (IA) e de dados sintéticos pode aumentar a eficiência e reduzir enviesamentos e limitações”, recomenda o estudo.

O inquérito internacional revela ainda que 57% das marcas têm dificuldade em acompanhar tendências e adaptar-se à conjuntura cultural. “O relatório mostra uma correlação positiva entre a capacidade e a perceção dos anunciantes para reagirem a mudanças culturais face à aversão ao risco, com apenas 12% a considerarem que o fazem de uma forma que pode ser considerada excelente”, refere a análise.

“Os desafios que limitam uma maior agilidade cultural prendem-se com as muitas fases que costumam marcar os processos de aprovação, além dos recursos e investimentos limitados e das dificuldades em conseguir alinhar os ‘insights’ das marcas com as tendências culturais. As empresas são aconselhadas a construir estruturas que permitam ações rápidas e estratégicas. As marcas que assumem riscos e que se distinguem criativamente são mais bem sucedidas”, garante o relatório.

“O inquérito deste ano mostra também que os anunciantes estão a migrar cada vez mais para planeamentos de curto prazo, com a percentagem dos que o fazem a aumentar de 53% em 2023 para 63% em 2025”, revela o estudo.

O relatório recomenda aos anunciantes o reforço do investimento na formação. “À medida que as equipas melhoram as suas capacidades, aumenta também o apetite por trabalhos maiores e mais ousados”, assegura Patrick Jeffrey.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Justiça quer venda forçada de produtos de tecnologia publicitária da Google

“A Google deve ser obrigada a vender a bolsa de anúncios, a AdX, seguida de uma alienação faseada do serviço que ajuda as páginas web a vender anúncios publicitários”, escreve o Departamento de Justiça, num processo judicial

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos exige que a Google venda duas das plataformas que ajudam os anunciantes e as páginas web a comprar e vender publicidade online, após a justiça americana ter considerado que a gigante tecnológica violou as leis da concorrência ao construir um império no mercado da tecnologia de publicidade online.

“A Google deve ser obrigada a vender imediatamente a bolsa de anúncios, a AdX, seguida de uma alienação faseada do serviço que ajuda as páginas web a vender anúncios publicitários, conhecido como servidor de anúncios para editores”, escreve o Departamento de Justiça, num processo judicial apresentado a 5 de maio.

“É necessário um conjunto abrangente de soluções, incluindo a alienação dos monopólios obtidos ilegalmente pela Google e dos produtos que foram os principais instrumentos do esquema ilegal da empresa”, acrescenta ainda o Departamento de Justiça no processo.

A Google, por seu lado, propõe o funcionamento da bolsa de anúncios com a tecnologia rival e a instalação de um sistema de monitorização para garantir a conformidade durante os próximos três anos. A empresa afirma que a proposta atenuaria qualquer alegado dano e que uma alienação como a proposta pelo governo não deve estar disponível como solução neste tipo de caso.

Leonie Brinkema, juíza federal do distrito da Virgínia, marca uma audiência para setembro, para ouvir os argumentos do Departamento de Justiça e da Google sobre o plano de sanções proposto. Em abril, a juíza determina que a Google monopolizou ilegalmente os mercados de servidores de anúncios de editores e o mercado de bolsas de anúncios que intermedeiam compradores e vendedores.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Hollywood em choque com tarifas de Trump sobre o cinema

Apesar da Casa Branca não ter explicado como pretende executar a cobrança fiscal sobre os filmes produzidos fora do país, o anúncio leva à queda nas ações de estúdios como Netflix, Disney e Paramount

Hollywood reage com ceticismo ao anúncio do presidente Donald Trump de impor tarifas de 100% a filmes produzidos fora dos Estados Unidos, uma medida que especialistas da indústria consideram contraproducente.

“Não faz nenhum sentido”, diz Jonathan Handel, advogado do setor de entretenimento, à agência France-Presse. “Se uma cena de ação envolve o Tom Cruise a subir à Torre Eiffel, o que deveríamos fazer? Filmar na réplica da Torre Eiffel em Las Vegas?”, questiona Handel, que explica que filmes como a “Missão Impossível” são rodados fora dos Estados Unidos por razões artísticas.

Numa mensagem na rede Truth Social, Trump pediu ao Departamento de Comércio para “iniciar o processo de instituir uma tarifa de 100% a qualquer filme que chegue ao nosso país e que tenha sido produzido no exterior”. O objetivo, segundo o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, é “salvaguardar a segurança nacional e económica do país”, visando “tornar Hollywood grande novamente”.

Apesar da Casa Branca não ter explicado como pretende executar a cobrança fiscal sobre produções que muitas vezes são filmadas digitalmente e transferidas online ou por unidades de memória, a intenção leva à queda nas ações de estúdios como Netflix, Disney e Paramount.

Trump culpa o governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, por permitir que outros países atraiam produções de Hollywood. “Outras nações estão a oferecer todo o tipo de incentivos para atrair os nossos cineastas e estúdios para longe dos Estados Unidos”, acrescenta. Trump disse que este é um “esforço concertado” que representa “uma ameaça para a segurança nacional” norte-americana.

Netflix anuncia investimento no México

A verdade é que a indústria foi afetada pela pandemia e, depois, pelas greves de argumentistas e atores que, em 2023, paralisaram todas as produções. Atraídas por incentivos fiscais, ofertas económicas e razões criativas, muitas produções migraram para outros países.

Em 2024, as receitas do ‘box office doméstico’ (que incluem Estados Unidos e Canadá) atingiram os 8,5 mil milhões de dólares (€ 7,48 milhões) uma quebra face aos 8,9 mil milhões de dólares (€7,83 milhões) do ano anterior.

Contudo, estes valores ficam longe dos 11,3 mil milhões de dólares (€9,94 milhões) atingidos em 2019 e também dos 11,8 mil milhões de dólares (€10,38 milhões) de 2018, e que representam um máximo para o box office norte-americano e canadiano, conforme indicam os dados da Statisca.

Dados que explicam a intenção do presidente norte-americano, Donald Trump, de avançar com as tarifas. Este ano, também a Netflix anuncia no México um investimento de mil milhões de dólares (€880 milhões) para desenvolver filmes e programas de televisão ao longo de quatro anos.

A Casa Branca afirma que está a tomar “decisões definitivas relativamente às tarifas sobre filmes estrangeiros”, mas que procura um consenso enquadrado nas orientações de Donald Trump. O Presidente norte-americano também manifesta a intenção de se reunir com representantes da indústria como parte dos esforços para restaurar a atratividade de Hollywood para a produção cinematográfica e impedir a migração de empresas de produção.

“É chocante e não é uma boa situação. Por isso, vamos reunir-nos com o setor. Quero ter a certeza de que estão satisfeitos, porque nos preocupamos com o emprego. É muito importante. É uma grande indústria, mas está a ser muito negligenciada agora”, disse Trump.

A China anuncia no início de abril que vai reduzir “de forma moderada” o número de filmes dos Estados Unidos exibidos oficialmente em território chinês, como uma das respostas às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Como Pequim utiliza um sistema de quotas para limitar o número de filmes estrangeiros exibidos oficialmente nas salas de cinema, uma redução do acesso a este mercado, o segundo maior do mundo a seguir aos Estados Unidos para o cinema, pode afetar as receitas dos estúdios de Hollywood.

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Trump admite nova extensão de prazo para venda do TikTok

Em entrevista ao programa ‘Meet the Press with Kristen Welker’, Donald Trump revela que está aberto à possibilidade de conceder um terceiro adiamento, caso o acordo não seja fechado até 19 de junho

O futuro do TikTok nos Estados Unidos continua envolto em incerteza. Depois de adiar, por duas vezes, o prazo para a chinesa ByteDance alienar os ativos norte-americanos do TikTok, Donald Trump revela que está aberto à possibilidade de conceder um terceiro adiamento, caso o acordo não seja fechado até 19 de junho.

Durante uma entrevista ao programa ‘Meet the Press with Kristen Welker’, da NBC News, Donald Trump mostra-se disposto a conceder uma nova extensão à empresa para que a plataforma de vídeos curtos, utilizada por 170 milhões de norte-americanos, continue ativa no país.

“Eu gostaria de ver isso feito”, afirma o presidente dos Estados Unidos, assumindo nutrir “um certo carinho” pela rede social, até porque reconhece que esta o ajudou a conquistar eleitores mais jovens nas presidenciais de 2024. “O TikTok é muito interessante, mas será protegido”, conclui.

Segundo os media americanos, a corrida para adquirir a aplicação está a ser liderada pela Amazon, Oracle e pelo fundador da OnlyFans, Tim Stokely.

A continuidade das operações do TikTok nos Estados Unidos depende, assim, da concretização de um acordo de venda que satisfaça as exigências da legislação americana, nomeadamente a transferência do controlo para as entidades norte-americanas. A declaração de Trump sugere flexibilidade quanto ao prazo, mas a necessidade de encontrar uma solução definitiva permanece.

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