Fim dos mitos da web
A Proximity deita por terra alguns dos mitos em redor da internet e dos seus utilizadores. Descubra que, afinal, as pessoas não são diferentes no mundo virtual e no mundo […]
Maria João Lima
TTouch elabora estratégias de impacto social da EDP e da Meo (com vídeo)
Sport Zone entrega comunicação à DLaundry
Audiências: Consumo diário de televisão atinge valor mais baixo do ano
Ikea celebra duas décadas em Portugal com campanha da Uzina (com vídeos)
Carlos Verduras nomeado novo diretor de marketing da Michelin Portugal e Espanha
Acne assina campanha da CIN que promove as duas áreas responsáveis por 40% da faturação global da empresa (com vídeos)
Renascença antecipa Rock in Rio Lisboa com lançamento de rádio temática
GCIMedia Group adere à APECOM
FCB Lisboa é a única portuguesa no top 25 das melhores agências em causas sociais
TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em março
A Proximity deita por terra alguns dos mitos em redor da internet e dos seus utilizadores. Descubra que, afinal, as pessoas não são diferentes no mundo virtual e no mundo realDe maneira a tentar perceber melhor a Web 2.0, as pessoas que a usam e o que as marcas podem fazer, a Proximity Worldwide fez um estudo em 19 países, entre os quais Portugal, entrevistando cerca de quatro mil pessoas (205 em Portugal). “O mundo online e o que se desenrola nesse mundo é o próximo grande desafio das agências. Nós temos que estar atentos a essa realidade já que a comunicação vai ser cada vez mais online”, afirma Nuno Antunes, CEO da Proximity Portugal, para justificar a participação no estudo.
O estudo da Proximity, denominado ‘Sex, Lies and Reality’ parte da constatação que, do ponto de vista do marketing, estamos a assistir a uma democratização em massa dos media que actualmente são dominados pelos consumidores. Tanto é que os novos chavões desta área são comunidade, colaboração e cooperação. Para alguns, a web é uma comunidade viva que se tornou o epicentro das suas vidas. Para outros é um mundo anárquico em que tudo acontece. A Proximity quis perceber a verdade e separar o mito da realidade. A pesquisa demonstra que as pessoas não são diferentes quando acedem à vida através de um computador. Têm as mesmas personalidades e crenças, mas estão aptas a explorar, experimentar, expressar e validar as complexidades de si próprias, livres de críticas e censuras que acontecem na vida real.
Segundo a Proximity há alguns mitos populares que cresceram em redor da Web 2.0.
1º São todos freaks e geeks. Não é verdade. De início foram naturalmente pessoas mais técnicas a usá-la, mas actualmente todos os perfis sociais estão representados. Aliás, são demasiadas pessoas para serem todas freaks e geeks.
2º É perfeitamente óbvio o que é real. Durante séculos, as pessoas têm fugido da realidade quer através de álcool, drogas ou yoga. Essas “tecnologias” levaram os nossos antepassados do sítio onde estavam para o sítio onde queriam estar. O real e o virtual convivem sem que se consiga dizer onde começa um e acaba o outro. E o virtual espelha o real, se não que sentido fazia que houvesse casas de banho e locais para dormir no Second Life?
3º As pessoas pensam e agem de maneira diferente. Segundo a pesquisa da Proximity, muito do comportamento online das pessoas reflecte a sua verdadeira personalidade. As pessoas são mais verdadeiras para si próprias online porque sentem-se livres de constrangimentos e convenções. E as marcas têm aqui uma oportunidade de conhecer o pensamento dos consumidores de uma forma mais profunda do que alguma vez foi possível no offline.
4º É uma realidade anárquica e sem leis, ou seja, uma selva. Tal como no mundo físico quem procura depravação e anarquia vai encontrá-las na internet. Mas o normal na internet é as pessoas auto-regularem-na. E as regras aplicadas na vida real são geralmente transpostas para o online. Por exemplo, os jogos online, os mundos virtuais e as redes sociais têm regras. E aqueles que as quebram são condenados e excluídos mais eficazmente que offline.
5º Basicamente trata-se de pornografia. Toda a gente procura alguma coisa na internet. Para uns é pornografia, outros amizade, sentimento de pertença, auto-satisfação, expressão criativa, poder, aspirar a uma vida melhor, debater temas ou como escape para questões do mundo real.
6º Transtorna-nos e torna a sociedade perigosa. Não é difícil encontrar exemplos de pessoas que por passarem muito tempo ligados à internet prejudicaram de alguma forma as suas vidas, terminando namoros, casamentos, perdendo empregos… Nalguns casos pode tornar-se obsessiva e, em raros casos, pode parecer que a vida é mais compensadora e tem mais significado online. Esses devem largá-la. Todos os inquiridos contrariaram a ideia de que a internet provoca isolamento, exclusão social e comportamentos anti-sociais. Como já referido, muitos encontram na internet o seu verdadeiro “eu” e encontram espaço onde expressar a sua verdadeira personalidade.
A Proximity considera que este estudo veio mostrar que o ambiente online é o único sítio onde se consegue ver de facto como são as pessoas e como se exprimem. Ou seja, o comportamento online mostra como as pessoas querem que as marcas interajam com elas em todos os ambientes, sejam eles online ou offline. Segundo a Proximity, se as marcas prestarem atenção a esta informação farão progressos significativos para chegarem às necessidades e desejos dos indivíduos.
Princípios chave para relacionamento online
A Proximity identificou alguns princípios chave para o relacionamento com os indivíduos online.
1. Utilidade – As marcas devem entregar um benefício aos utilizadores. Num mundo cheio de mensagens, os indivíduos querem marcas que sejam úteis. Devem poder usar o que as marcas lhe dão para satisfazer uma necessidade ou desejo.
2. Cidadãos activos – A web está em constante mudança. As marcas devem entender isso e, de maneira a criarem relações com os utilizadores, devem também ajudar ao desenvolvimento da web.
3. Ser interessante é mais importante do que ser autoridade. As pessoas não navegam à procura de especialistas, mas sim de conversas interessantes. Se as marcas conseguirem ser as duas coisas, óptimo. Mas ninguém tem paciência para conversas aborrecidas.
4. Individualismo não é intimidade. As marcas devem mostrar respeito e falar para os indivíduos e não falar para o ar na esperança que alguém ouça. Mas, atenção, criar relações individuais não significa tentar ser amigo das pessoas.
5. Trata-se de colaboração e não co-criação. É um mundo de colectivo e de relações one-to-one. As pessoas não ficam agradadas quando a marca tenta estabelecer as regras. Não lhes empurre mensagens. Ouça, aprenda e participe.
6. As marcas devem tornar-se fluidas. No mundo em permanente mudança, as marcas também devem mover-se com os tempos. Permita que a sua marca evolua para ter sucesso no online. Isto significa que tem que ter constantemente monitorização de maneira a sobreviver. Não tente adaptar ideias antigas a este espaço. Irá falhar.
7. Use o logo com cuidado. É relativamente fácil e barato espalhar a sua imagem e mensagens por toda a internet. Resista a essa tentação. As percepções negativas da marca espalham-se, aqui, como rastilhos de pólvora.