Atenção aos Blogues
A história em torno da campanha “Tu és Hetero' da Tagus tem alguns aspectos que merecem alguma atenção. Esta é bem capaz de ter sido a primeira vez que, em […]
Rui Oliveira Marques
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A história em torno da campanha “Tu és Hetero' da Tagus tem alguns aspectos que merecem alguma atenção. Esta é bem capaz de ter sido a primeira vez que, em Portugal, uma marca muda a sua publicidade depois de uma polémica que ganhou forma e foi alimentada na internet. A discussão em torno da questão nasceu nos blogues, originou uma contra-campanha online de uma associação de direitos gay e foi noticiada na edição online do M&P. Só depois da marca ter alterado a sua comunicação é que foi alvo de notícias na imprensa em papel. É um bom exemplo de como o escrutinador da comunicação passou a ser, não os tribunais, um qualquer regulador ou o ICAP, mas sim a blogosfera. Este lado da internet, muitas vezes militante, responde, critica e difunde em tempo real o que lhe desagrada e incomoda. Já antes se tinha passado algo de equivalente, mas dessa vez com o hino de apoio da Galp à selecção portuguesa. O curioso é que, tanto num como no outro caso, por detrás do protesto estavam acusações de desrespeito para com a comunidade gay, a mesma que não tem visibilidade na publicidade nacional.Vale também a pena perceber como é que a marca lidou com esta questão. A decisão de mudar a comunicação foi rápida, mas os responsáveis pela marca preferiram não dar explicações de viva voz aos jornalistas. No entanto, o director de marketing com a tutela da Tagus enviou um comunicado, do seu próprio e-mail e depois por carta, àqueles que tinham apresentado as críticas onde explicava que não era intenção da publicidade não era ofender ou excluir ninguém. Foi esse o comunicado que também foi distribuído aos jornalistas, desta vez pela mão da agência de comunicação. Passada a tempestade, o que ganhou a Tagus? Notoriedade, de certeza. Quebra nas vendas? Duvido.