” A Time Out é um projecto com enorme ambição”
Chegou esta semana às bancas a primeira edição lisboeta da revista Time Out, que arranca como um projecto ambicioso. Em entrevista ao M&P, o director do título, João Cepeda, traça […]
Maria João Morais
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Chegou esta semana às bancas a primeira edição lisboeta da revista Time Out, que arranca como um projecto ambicioso. Em entrevista ao M&P, o director do título, João Cepeda, traça o perfil e os objectivos para o título
Depois de quatro anos como correspondente em Londres da Lusa e da TSF, João Cepeda regressou a Portugal para abraçar um novo projecto: dirigir o primeiro guia cultural e de lazer de Lisboa presente em banca e com periodicidade semanal.
Meios&Publicidade (M&P): A Time Out já fazia falta a Lisboa?
João Cepeda (J.C.): Muita, muita falta. Lisboa era a única capital europeia sem um guia de cultura e lazer semanal vendido em banca. E isso não acontecia por falta de oferta, nem – achamos nós – porque não houvesse gente interessada numa publicação assim.
M&P: Porquê a opção de licenciar um título já existente, em vez que criar uma nova revista de raiz?
JC: Dentro deste segmento, de guias de cidade, a Time Out é a melhor marca do mundo. Tem 40 anos de experiência a fazer este trabalho e todas as revistas que tem criado nos últimos anos, por todo o mundo, têm sido um sucesso enorme. Por isso, quando pensámos em como fazer um projecto semelhante, fizemos a pergunta ao contrário: porquê desperdiçar esta experiência e esta qualidade? Não tenho quaisquer dúvidas que foi a melhor opção.
M&P: Qual foi o investimento aplicado no lançamento da revista?
JC: O lançamento da revista ainda está em curso. Nós consideramos que esse período, que também envolve toda a consolidação da marca e do produto, só estará acabado no final do ano. É nessa altura que faremos as contas finais.
M&P: A oferta cultural de Lisboa tem substância para alimentar uma Time Out semanal?
JC: Posso-lhe dizer que nós calculamos fazer uma revista com uma média de 100 páginas semanais, mas temos hoje a noção – três meses depois de termos começado a trabalhar no plano editorial – que teríamos material para fazer o dobro, caso fosse necessário. Na Grande Lisboa, que é a área a que nos dedicamos, há centenas de actividades novas todas as semanas que nenhuma outra publicação tem espaço ou vocação para divulgar. E é completamente errado pensar que essas actividades não têm interesse. Basta folhear a revista para se dar conta da quantidade de informação útil que andou a perder.
M&P: O que é que une e separa a revista lisboeta das suas congéneres internacionais?
JC: O que une tem a ver com os formatos gráficos das secções; a originalidade das capas; o tom arrojado da escrita; a filosofia de que “a revista é a estrela”, ou seja, não estamos aqui para promover cronistas e celebridades da nossa praça. O que nos separa talvez seja o facto de não termos tantos meios humanos…
M&P: Arranca com uma tiragem de 15 mil exemplares. De futuro, quais são os objectivos de crescimento para o título?
JC: Arrancamos com 20 mil exemplares e a partir daí contamos fazer uma média de 15 mil. De qualquer forma, é muito difícil fazer estimativas deste tipo porque, como toda a gente reconhecerá, não há absolutamente nenhum produto no mercado com que nos possamos comparar. Não temos referências na concorrência, logo temos de esperar pelo feedback do mercado para poder falar deste assunto com mais fundamento. De qualquer forma, a nossa prioridade não é propriamente ultrapassar o Expresso… É importante que nos concentremos em cativar uma audiência de qualidade, que se fidelize à marca.
M&P: Há planos para alargar a presença da Time Out a outras cidades portuguesas?
JC: Garantimos pelo menos esse direito no contrato que fizemos com a Time Out, porque é obviamente uma possibilidade que nos agradaria muito. Mas para já é impossível pensar no assunto. Temos primeiro de mostrar que a revista é útil a Lisboa. O resto vem depois.
M&P: O que vai acrescentar o site nacional da Time Out à revista de papel?
JC: Nesta fase de arranque, estaremos focados em fazer do site uma referência para quem procura informações actualizadas sobre as mesmas actividades que a revista divulga. Ao mesmo tempo, estamos a trabalhar em alguns conteúdos próprios que deverão estar disponíveis dentro de algumas semanas. Mas são surpresa, como tal não vou revelar!
M&P: De que forma a Time Out pode vir a beneficiar do anunciado fim da Premiere, único título inteiramente dedicado ao cinema em Portugal?
JC: Nós lamentamos o fim da Premiere, sobretudo por sabermos que a revista tinha bons resultados e que mesmo assim foi retirada do mercado. Dito isto, é claro que a Time Out é o sítio natural para onde os leitores da Premiere se poderão virar. Todas as semanas, teremos duas páginas dedicadas ao DVD, uma página dedicada ao cinema alternativo e, no total, cerca de 12 páginas dedicadas ao cinema. Seremos, por exemplo, a única publicação que apresentará sempre a crítica de todos os filmes em cartaz e não só das novidades.
M&P: A editora Capital da Escrita foi criada para lançar este título. Há projectos para alargar o portfólio com outras publicações?
JC: Para já, não. A Time Out é um projecto com enorme ambição e muitas possibilidades de se expandir. Esse é o desafio que temos pela frente.
Time Out Lisboa
Tiragem de 15 mil exemplares e 2 dois euros de preço de capa são os números que marcam o lançamento em Portugal da revista Time Out Lisboa, que chegou esta semana às bancas. Editada pela Capital da Escrita, empresa que tem Luís Delgado como principal accionista, a Time Out Lisboa é um licenciamento da marca britânica e arranca com distribuição na área da grande Lisboa e Setúbal. Em aberto está a possibilidade de alargar a edição a outra cidade portuguesa. Também já está disponível o site da revista em www.timeout.pt, que vai contar com alguns conteúdos provenientes do papel e outros produzidos especificamente para aquele suporte.