Controlinveste Media
Mais canais em vista Global Notícias é a mais recente aposta da Controlinveste na imprensa. O grupo de Joaquim Oliveira tem também expectativas para o audiovisual. Um novo canal no […]

Ana Marcela
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Mais canais em vista
Global Notícias é a mais recente aposta da Controlinveste na imprensa. O grupo de Joaquim Oliveira tem também expectativas para o audiovisual. Um novo canal no cabo e outro na TDT estão nas suas metas
Os planos mais imediatos do grupo Controlinveste são conhecidos. “No âmbito da Sport TV iremos lançar mais um canal de televisão e estamos a estudar o lançamento de um novo jornal”, adiantou Joaquim Oliveira, presidente do Controlinveste, aquando da apresentação ao mercado do gratuito do grupo, o Global Notícias. O responsável não avançou, todavia, datas concretas para os novos projectos. Mas as intenções de expansão do portfólio audiovisual do grupo, que já marca presença no cabo com a sua participação de 50% dos canais SportTV1 e SportTV2, poderão não ter uma concretização imediata. Na TV Cabo o anúncio foi comentado com cautela. Quando questionada sobre datas de inclusão do terceiro canal da SportTV na grelha da TV Cabo a reacção de fonte oficial da operadora foi cuidadosa. “A Sport TV 1 e 2 foram experiências positivas e é natural que se queiram repetir”. As expectativas de Joaquim Oliveira relativamente ao audiovisual manifestam-se igualmente relativamente ao concurso à TDT, onde o presidente da Controlinveste quer marcar presença. “Vistas as condições e como temos interesse, se for exequível vamos concorrer”, afirma, ainda que não precise se pretende avançar sozinho ou em consórcio, pois relembra,”ainda não há um concurso” pelo que não são conhecidos os termos do mesmo.
O negócio de imprensa
O crescimento do portfólio do grupo no campo do audiovisual poderá ser encarado como um natural reforço da Controlinveste, podendo impulsionar as receitas de um grupo que na frente da imprensa sofreu, a avaliar pelos dados da APCT relativos ao primeiro trimestre deste ano, um abalo significativo com a generalizada crise de imprensa que o sector está a atravessar. Dos grandes grupos de media o liderado por Joaquim Oliveira foi aquele que apresentou a pior performance entre Janeiro e Março deste ano em termos de circulação paga, descendo 14,54% a sua média de circulação paga face ao primeiro trimestre do ano passado.
Para a queda acima dos 44 mil exemplares os maiores contributos foram do Jornal de Notícias e da revista Volta ao Mundo, que viram a sua média de circulação paga descer acima dos 11 mil exemplares. Também em registo negativo surgem os valores de circulação do desportivo O Jogo e do diário 24 Horas que diminuem em mais de 7 mil exemplares a sua média de vendas por edição. No segmento dos diários, a menor quebra trimestral foi mesmo a registada pelo Diário de Notícias, que diminui a sua circulação paga em apenas 1,28%, fechando o trimestre com 34.510 exemplares. No entanto, a performance do matutino, ao que parece não convenceu Joaquim Oliveira, que ainda antes dos resultados relativos ao primeiro trimestre da APCT serem conhecidos operou uma mudança profunda no título. Em Fevereiro, a direcção do Diário de Notícias liderada por António José Teixeira foi afastada, o caderno diário de Economia (uma das apostas da direcção que levou inclusive ao reforço em termos de equipa da secção de economia) foi suspenso e Joaquim Oliveira foi à concorrência encontrar uma nova direcção para o título. João Marcelino, até aí director do diário líder em circulação paga, o Correio da Manhã, assumiu a direcção do diário. Com ele vieram outros elementos do jornal da Cofina e rapidamente ficou claro que o Diário de Notícias ia, pouco mais de um ano depois da última reformulação, ser novamente objecto de uma restruturação. DN Bolsa, DN Sport, DN Televisão e DN Gente foram os novos suplementos que surgiram em Abril, mantendo os suplementos de fim-de-semana que o título distribui juntamente com o Jornal de Notícias, NS e a Notícias Magazine. João Marcelino assume o controlo editorial das publicações.
No 24 Horas as mudanças também se fizeram sentir. Em Maio o título reforça a sua direcção com a entrada de Luísa Jeremias (antiga directora-geral editorial da Nova Gente, TV 7Dias e Focus, do grupo Impala) e Ricardo Martins Pereira que se juntam ao director Pedro Tadeu, como directores-adjuntos. “Temos dois meses para reformular o jornal, colocá-lo em banca e, a partir daí, tentar inverter a tendência de quebra de vendas que tem vindo a ocorrer no último ano”, adiantou ao M&P na altura, Pedro Tadeu. Transformar o 24horas num título que “seja sentido pelos leitores como um jornal que defenda os seus interesses”, era um dos objectivos que o responsável colocava para esta nova fase do título. O resultado foi uma reformulação gráfica e de conteúdos, onde temas como a justiça marcam maior presença.
O Global Notícias
A apresentação da nova equipa directiva do 24 Horas e a manutenção de Pedro Tadeu à frente dos destinos do título pôs um aparente fim à discussão sobre a iminente saída do responsável para liderar o novo gratuito da Controlinveste. Em Maio, quando questionado sobre o tema, Pedro Tadeu relembrou que “oficialmente a Global Notícias nunca anunciou isso”.
Foi necessário aguardar por Julho para as palavras de Pedro Tadeu serem clarificadas. Foi esse o mês escolhido para o grupo apresentar o há muito esperado gratuito que Joaquim Oliveira tinha avançado numa reunião de quadros como uma das apostas do grupo. “Porque o prometido é devido”, relembrou Joaquim Oliveira, durante a apresentação pública do projecto lançado em Setembro. João Marcelino, director do Diário de Notícias, lidera um conselho editorial constituído pelos diversos directores dos meios do grupo, sendo a direcção-executiva do Global Notícias assegurada por Silva Pires, responsável dos suplementos e projectos especiais do grupo. O título, como o nome indica, reúne nas suas 24 páginas (média), os contributos dos diversos meios do grupo da imprensa, passando pela TSF e a Sport TV. 150 mil exemplares é a tiragem do título que distribui de segunda a sexta-feira por Lisboa (onde se inclui Vila Franca de Xira e Setúbal), estando previsto para o próximo ano a sua distribuição no Porto.
“Captar novos leitores para os jornais pagos” é um dos objectivos que este gratuito visa alcançar, explicou na altura Hugo Correia Pires, administrador com o pelouro comercial do grupo. “Este jornal é como se fosse uma marca aberta para o que são os jornais pagos, representa um primeiro contacto com os conteúdos dos jornais que depois pode ser desenvolvido nos pagos”, clarifica o responsável. Conquistar novos anunciantes, “alargando o leque de soluções de publicidade e media criativa, mais agressiva” é outras das metas.