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Renascença prepara renovação de sites

O grupo Renascença está a preparar a renovação dos sites das suas estações. “O site do canal Renascença está na segunda fase de desenvolvimento e o da RFM aparecerá totalmente […]

Ana Marcela
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Renascença prepara renovação de sites

O grupo Renascença está a preparar a renovação dos sites das suas estações. “O site do canal Renascença está na segunda fase de desenvolvimento e o da RFM aparecerá totalmente […]

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O grupo Renascença está a preparar a renovação dos sites das suas estações. “O site do canal Renascença está na segunda fase de desenvolvimento e o da RFM aparecerá totalmente renovado após o Verão. O mesmo acontecerá, depois com o da Mega FM”, adianta ao M&P João Aguiar Campos, presidente do conselho de gerência do grupo Renascença.”Vamos ter um site que está profundamente envolvido com a rádio, não é um canal alternativo”, afirma António Mendes, director de programação da RFM. “No site iremos dar continuidade aos passatempos que desenvolvemos em antena sendo um reflexo do que está no ar”, continua o responsável. O futuro site da RFM será um “mais dinâmico” que “irá envolver mais os ouvintes e a rádio do que o actual”, acrescenta, preferindo, no entanto, não revelar mais pormenores sobre a forma como esse envolvimento será alcançado.

A aposta no online do grupo radiofónico não se fica por aqui. A Página 1, um jornal online que actualmente já tem duas edições diárias, ao que o M&P conseguiu apurar junto de fonte oficial da empresa, irá ser igualmente objecto de “melhorias, no sentido de complementar a comunicação do grupo”. Prevista está também a criação de novas edições online.

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Quando a genialidade reside na simplicidade da ideia

‘Heartstrings’, da TBWA\Media Arts Lab de Los Angeles, é a campanha que Luan Castilhos mais gostaria de ter feito. ‘Guarde Os Fatos, Mude Os Factos’, para a 5àsec, é a que mais concretiza o diretor criativo da Euro M, revela na rubrica do M&P Como É Que Não Me Lembrei Disto?

Luan Castilhos, diretor criativo da Euro M, considera que os criativos têm o dever de sensibilizar a sociedade. É por isso que elege a campanha ‘Heartstrings’ para a Apple como a que gostaria de ter feito. A simplicidade da ideia é o que mais o impressiona, revela ao M&P.

‘Guarde Os Fatos, Mude Os Factos’, para a 5àsec, é o projeto que mais se orgulha de ter criado e liderado. Com o objetivo de sensibilizar para os problemas ambientais, a campanha expande-se pelas redes sociais e transforma-se num movimento sustentável de limpeza da costa portuguesa.

Quando está perante um bloqueio criativo, Luan Castilhos tenta mudar o foco. Pensa em outro projeto, ou desenha no canto do caderno para arejar as ideias e acalmar o brainstorming. “Perceber o que não funciona é meio caminho andado na procura pela melhor ideia”, conclui.

Qual é a campanha que gostaria de ter feito?

A campanha que eu mais gostaria de ter feito é a ‘Heartstrings’ da TBWA\Media Arts Lab de Los Angeles para a Apple, lançada no Natal de 2024, e que promove os novos AirPods Pro 2, com uma funcionalidade que amplifica os sons para pessoas com perda auditiva.

Quais são as razões dessa escolha?

Esta campanha não demonstra apenas uma solução criativa impressionante para os AirPods da Apple, mas também revela o propósito da criatividade e do design. Acredito que o nosso objetivo, enquanto criativos, é melhorar as conexões humanas, mobilizar a sociedade para questões esquecidas ou, simplesmente, entreter e fazer alguém rir ou chorar. Neste caso, tive de conter uma lágrima.

O que é que lhe chamou mais a atenção, o texto, a imagem, o protagonista ou outro aspeto da campanha?

O que mais me chama a atenção nesta campanha é a forma subtil e, simultaneamente, agressiva como a história é contada. O contraste entre os momentos de carinho das noites de Natal e a preocupação silenciosa de quem sofre, imerso num turbilhão de incertezas, quase sem conseguir ouvir.

O modo como o tratamento sonoro transmite de maneira simples e direta os benefícios do produto confere à campanha um impacto emocional mais forte, transmitindo a mensagem de forma clara e impactante.

Esta campanha inspirou-o a nível criativo? 

A genialidade desta campanha reside na simplicidade da ideia e na forma como transmite a mensagem pretendida. É uma excelente fonte de inspiração para criativos que procuram casos de sucesso e projetos relevantes para acrescentarem ao seu portefólio.

Qual a campanha que mais o concretizou profissionalmente?

‘Guarde Os Fatos, Mude Os Factos’, criada pela Euro M para a 5àsec Portugal, é um dos projetos de que mais me orgulho de ter criado e liderado. Ao aceitar o desafio de dar voz ao programa Plástico Zero da 5àsec, que promove a substituição de porta-fatos de plástico por modelos reutilizáveis, deparámo-nos com dados alarmantes.

De acordo com um estudo da World Wildlife Fund (WWF), 72% do lixo nas praias portuguesas é plástico e, segundo indica a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2023, o plástico é responsável pela morte de um milhão de aves marinhas por ano. Estes dados não podiam ser ignorados e deram origem a uma campanha que, para além de alertar, convida à mudança. Como diz o ditado: contra factos, não há argumentos.

Como é que chegou a esta ideia e depois avançou para a execução?

Com o objetivo de sensibilizar para os problemas ambientais, começámos a procurar uma forma impactante de comunicar estes dados, ligando-os diretamente à solução da 5àsec e aos porta-fatos reutilizáveis.

Ao brincar com o trocadilho entre as palavras ‘factos’ e ‘fatos’, surgiu a ideia: e se reescrevêssemos a história da sustentabilidade, colocando os porta-fatos reais como protagonistas? A estética dramática e a linguagem visual forte intensificam a mensagem, sublinhando a gravidade da situação e a urgência de agir.

Assim, nasce uma campanha que se transformou num movimento de limpeza da costa portuguesa. O que começou no ponto de venda, expandiu-se pelas redes sociais e culminou num site imersivo, onde os utilizadores podiam explorar e experienciar as dificuldades da vida marinha, mergulhando nas profundezas de um oceano repleto de plástico e resíduos humanos.

Simultaneamente, os influenciadores partilhavam a sua contribuição para a limpeza das praias e incentivavam outros a juntarem-se ao movimento.

O que é que faz quando não tem ideias?

Quando me sinto bloqueado criativamente, tento mudar o foco. Penso em outro projeto, faço uma atividade diferente, desenho algo no canto do caderno ou vejo algumas referências aleatórias para arejar as ideias e acalmar o brainstorming interno.

Outra técnica mais pragmática que também utilizo é procurar associações verbais ou visuais, por semelhança ou oposição, ao conceito em que estou a trabalhar. Perceber o que não funciona é meio caminho andado na procura pela melhor ideia.

Ficha técnica

Campanha ‘Heartstrings’
Cliente Apple
Agência TBWA\Media Arts Lab
Realizador Henry-Alex Rubin
Diretor de fotografia James Laxton
Produtora Smuggler
Pós-produção Trafik
Edição Cabin
Design de som Paul N. J. Ottosson
País Estados Unidos
Ano 2024

Ficha técnica

Campanha ‘Guarde Os Fatos, Mude Os Factos’
Agência Euro M
Cliente 5àsec Portugal
Diretores criativos Luan Castilhos e Afonso Azevedo
Diretor de arte Igor Monteiro
Redator Marcelo Dolabella
‘Motion designer’ Francisca Empis
Designer de UX/UI Inês Morgado
‘Front-end developer’ Erick Silva
‘Backend developer’ Pedro Correia
Gestão de projeto Sónia Ferreira
País Portugal
Ano 2023

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Marketing

Estudantes do IPAM Porto criam 38 marcas alimentares

O desafio lançado aos estudantes do quarto semestre da licenciatura em gestão de marketing (na foto) abrangeu a criação, desenvolvimento e lançamento de um produto alimentar em 14 semanas

Um grupo de 220 estudantes do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) do Porto criou 38 marcas alimentares que refletem a portugalidade contemporânea, no âmbito da 2.ª edição da IPAM EXPO 2025, evento que torna o ‘campus’ da universidade numa verdadeira montra de produtos.

O desafio lançado aos estudantes do quarto semestre da licenciatura em gestão de marketing abrangeu a criação, desenvolvimento e lançamento de um produto alimentar em 14 semanas.  Integrado no trabalho interdisciplinar das unidades curriculares de gestão de preço, publicidade e laboratório de marketing e consumo B, o projeto envolveu diretamente oito docentes e a colaboração indireta de dez professores e 300 estudantes de outros anos letivos, além dos 220 estudantes participantes.

“Mais do que lançar marcas, este projeto permitiu aos estudantes viver os desafios reais do marketing, desde a pesquisa de mercado à relação com ‘stakeholders’ exigentes, passando pela gestão de conflitos e pela tomada de decisão em cenários críticos”, refere Marcelo Augusto Linardi, docente no IPAM Porto, citado em comunicado de imprensa.

Durante mais de cinco horas de exposição, os estudantes apresentaram os projetos no IPAM Porto a cerca de 500 visitantes, entre colegas, docentes, famílias, comunidade local e outros interessados no tema. Os produtos, desenvolvidos com orçamentos limitados e totalmente autofinanciados, evidenciaram a capacidade de transformar restrições em soluções criativas e autênticas.

Snacks de tremoço e charcutaria vegetal destacam-se

No total, foram lançadas 38 marcas com forte ligação à gastronomia e tradição portuguesa, mas alinhadas com tendências globais e preocupações contemporâneas como a saúde, sustentabilidade, conveniência e inovação. Entre as marcas com melhores avaliações destacam-se a JellyGo (gomas naturais funcionais), Tremocitos (snacks crocantes de tremoço), DisFruta (bebidas frutadas sem adição de açúcar), Corttesia (alternativas vegetais a produtos de charcutaria), Saboro (refeições prontas de base tradicional com toque moderno), LusoBites (snacks salgados com sabores portugueses), Doce D’Ouro (sobremesas com ingredientes nobres), Casa d’Avó (receitas tradicionais reinventadas) e Bagas (misturas energéticas de frutos secos e bagas).

As avaliações foram realizadas por cerca de 15 docentes de diferentes áreas e 150 estudantes avaliadores, com base em critérios técnicos como originalidade, embalagem, portugalidade, sustentabilidade e posicionamento estratégico.

“Este projeto é uma experiência transformadora que alia conhecimento técnico a um robusto desenvolvimento de ‘soft skills’ essenciais no mercado atual: liderança, resiliência, gestão do tempo, trabalho em equipa, pensamento crítico, ética e responsabilidade social”, acrescenta Marcelo Augusto Linardi.

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Lourenço Thomaz é jurado no Cannes Lions 2025

Indicado por Espanha, o diretor criativo da Dentsu Creative Iberia, que também é diretor criativo da Dentsu EMEA, avalia as campanhas na categoria Direct. “Espero que saiam dali ideias disruptivas”, diz ao M&P

Lourenço Thomaz (na foto) integra o júri do festival internacional de criatividade Cannes Lions 2025, que se realiza de 16 a 20 de junho, em França. Indicado por Espanha, o diretor criativo da Dentsu Creative Iberia e da Dentsu EMEA, que abrange Europa, Médio Oriente e África, é jurado na categoria Direct.

“Tenho uma expetativa altíssima em relação ao que vou encontrar em Cannes. Já sei que a Direct é a segunda categoria com mais inscrições, e, nos últimos anos, tem sido uma das categorias que tem tido melhores trabalhos, já que abrange muitas ideias. Espero que saiam dali ideias disruptivas, que mostrem ao júri e ao mercado as tendências que vão marcar o futuro da nossa profissão”, refere Lourenço Thomaz ao M&P.

Apesar de passar a maior parte do tempo em Espanha, o diretor criativo continua a desenvolver campanhas para o mercado português. “Estou um pouco mais em Madrid do que Lisboa, mas trabalho igualmente nos dois mercados. Enquanto diretor criativo da EMEA, acabo por estar em vários países, mas estou mais ligado a Espanha e Portugal”, esclarece.

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Cristiano Ronaldo apresenta nova app Erakulis PRO

A plataforma digital quer transformar a forma como profissionais de saúde e bem-estar acompanham os clientes. Projeto tem como fundador e investidor o internacional português Cristiano Ronaldo

O Lisboa Racket Centre é o palco do lançamento oficial da Erakulis PRO, nova plataforma digital que quer transformar a forma como os profissionais de saúde e bem-estar acompanham os clientes. O projeto, que tem como fundador e investidor Cristiano Ronaldo, nasce em Portugal com ambições globais.

Segundo o comunicado de imprensa, a Erakulis PRO é a concretização de uma paixão antiga de Ronaldo, “que passa pela nutrição, o treino personalizado e o desempenho físico de excelência, traduzida numa solução digital intuitiva e abrangente”.

“O Cristiano sempre levou a nutrição e o treino a sério, não apenas como atleta, mas como estilo de vida. A Erakulis PRO liga profissionais e clientes, de forma contínua e personalizada”, explica Francisco Portugal, diretor de marketing da Erakulis.

A plataforma propõe um novo paradigma no acompanhamento personalizado, “promovendo a integração entre corpo, mente e alimentação com base em dados, mas com um olhar humano e relacional”, segundo o comunicado.

Francisco Portugal, diretor de marketing da Erakulis realça que o compromisso do jogador do Al Nassr com o projeto vai além do investimento. “É uma missão de vida. E queremos que esta ferramenta leve esse espírito a milhares de pessoas, em Portugal e no mundo”, conclui.

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Boss aposta em ícone do K-pop para rejuvenescer imagem

S.Coups, que tem nove milhões de seguidores no Instagram, é o novo embaixador global da marca de moda. O cantor da banda de K-pop Seventeen protagoniza as próximas campanhas

S.Coups (na foto) é o novo embaixador global da Boss. A marca de moda alemã procura rejuvenescer a imagem e atrair uma nova geração de consumidores com a contratação do cantor da banda de K-pop Seventeen. Com nove milhões de seguidores no Instagram, o artista sul-coreano protagoniza as próximas campanhas da Boss, dando também a cara pela marca em eventos promocionais.

“Conhecido pela sua liderança excecional e pelo estilo sofisticado, S. Coups tem uma presença ousada dentro e fora do palco”, refere a Boss em comunicado de imprensa.

Anunciado em julho de 2024 como embaixador da Loewe, o cantor tem colaborado com várias marcas de moda desde que os Seventeen, que têm 15,9 milhões de seguidores no Instagram e 15,2 milhões no TikTok, começaram a ter sucesso internacionalmente.

“A Boss representa estilo, elegância e autodeterminação. Estes são valores com os quais me identifico profundamente e que me ajudam a impulsionar o a minha carreira musical. Estou ansioso por trazer a minha energia e amor pela moda para esta colaboração emocionante”, revela S. Coups, citado no documento.

Além de rejuvenescer a imagem, a Boss procura recuperar vendas, após um ano de quebra. “2024 foi um ano difícil para quase todas as marcas, e para os nossos clientes também”, sublinha Daniel Greider, CEO da Hugo Boss, citado no WWD.

Para além de S. Coups, a marca também conta com o ex-futebolista David Beckham, as modelos Naomi Campbell e Gisele Bündchen, o ator e modelo Lee Jong Suk, o cantor e compositor Burna Boy e o tenista Matteo Berrettini como embaixadores internacionais.

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“Não sei a idade de praticamente ninguém, nem o que fizeram no passado”

A viver em Ontário desde setembro, Bernardo Caupers, diretor de marketing de ‘sweet baked goods and snacks’ da Bimbo Canadá, tem o desafio de alavancar o negócio num país muito regionalizado, revela na rubrica De Portugal Para O Mundo

É num curso de formação em liderança que faz no México que Bernardo Caupers, então diretor de marketing da Bimbo Portugal, ouve falar do concurso internacional que o leva até Ontário, para assumir a direção de marketing da área de ‘pantry, buns & rolls and private label’ da Bimbo Canadá, trocando Algueirão por Ontário.

Em seis meses, é promovido a diretor de marketing de ‘sweet baked goods and snacks’, cargo que assume em fevereiro e que implica um maior conhecimento do mercado canadiano. Em entrevista ao M&P, fala das diferenças que sente e dos desafios que tem em mãos.

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou houve alguma circunstância a determinar a saída?
Era um misto entre ambição e curiosidade. Estive duas semanas no México num curso de liderança, onde conheci alguns colegas da Bimbo Canadá, que me falaram da oportunidade que existia lá, uma vez que estava a decorrer um concurso. Decidi concorrer.

Em termos profissionais, quais são as diferenças entre trabalhar em Portugal e no Canada?
A experiência ainda é curta, mas as diferenças iniciais, principalmente para quem trabalha na área do marketing, são o quase total desconhecimento dos canais de media, dos clientes de retalho e do próprio ambiente competitivo.
Temos de investir algum tempo para aprender muito. Em relação ao dia a dia, é muito semelhante, com inúmeras reuniões, emails e muitos procedimentos.
A grande diferença que sinto aqui é a pontualidade nas reuniões, seja para começar seja para acabar. Se está marcada para as 9h, a reunião começa as 9h em ponto e não há conversa fiada. Vai-se logo direto ao assunto.

O ‘marketer’ português ainda se está a familiarizar com o mercado local FOTO DR

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o facto de ser português tem no seu trabalho?
Em Portugal, normalmente, fazemos um pouco de tudo, porque as organizações são, por norma, mais pequenas. Isso é claramente uma mais-valia aqui, onde existe uma equipa de ‘insights’, uma equipa de digital ou uma equipa de gestão do crescimento e por aí fora.
Em Portugal, enquanto ‘marketers’, fazemos tudo isso, o que nos dá uma flexibilidade mental para desafiar outras equipas quando lidamos com organizações desta dimensão, porque temos uma experiência que os outros ‘marketers’ que aqui trabalham não têm.
O maior obstáculo está relacionado com a dimensão do país e do próprio negócio. Os clientes têm ‘banners’ regionais e compradores regionais. A própria estratégia de meios pode ser regional, enquanto que em Portugal, na maior parte dos casos, é tudo nacional.

Quais são as particularidades do marketing e comunicação na sua área, em termos de desafios e de diferenças em relação a Portugal?
A maior diferença é a dimensão do país e a regionalização de algumas marcas. Não podemos estar a planear uma campanha a nível nacional se a marca estiver apenas numa região. Em Portugal, em termos de bens de consumo rápido, isso raramente acontece, dada a capilaridade dos retalhistas e da dimensão do país.
A nível pessoal, o maior desafio foi (e está a ser) o de conhecer os meios, as agências, de saber que programas é que têm boas audiências. A agência de meios passa-me essa informação, mas é diferente quando estamos familiarizados com todos esses temas.
Em Portugal, por exemplo, quando uma agência nos propõe patrocinar um podcast como o do Bruno Nogueira, tenho uma baliza para me guiar. Aqui, vou precisar de mais algumas semanas para conseguir dominar os assuntos.

Qual é o momento que o mercado atravessa em termos de consumo, comunicação e pontos de venda?
O ‘hot topic’, neste momento, são as tarifas norte-americanas. Assistimos a um protecionismo brutal para tudo o que seja ‘made in’ Canadá.
Independentemente de as tarifas terem sido adiadas numa fase inicial, todos os ‘players’ e retalhistas estão a querer-se distanciar dos Estados Unidos, procurando investir em materiais de visibilidade e ações de ‘social media’.
O ponto de venda é outro tema onde vejo algumas diferenças em relação a Portugal. Não há tanta liberdade para colocar materiais de visibilidade seja no linear, seja em espaços extra, além de que todas as ações com clientes têm de ser combinadas com três a quatro meses de antecedência. Em Portugal, há muita coisa que é decidida em cima da hora. Aqui, nem pensar.

Que funções desempenha atualmente e que projetos tem em mãos?
Sou diretor de marketing de ‘sweet baked goods and snacks’ da Bimbo Canadá, área que abrange todo o negócio de bolos, bolachas e snacks da Bimbo Canada.
O projeto mais ambicioso que tenho é pôr a categoria a crescer a duplo dígito, renovando o negócio atual, entrando em novas categorias e procurando detetar oportunidades noutros mercados/países, seja para importar seja para replicar e produzir localmente.
É um projeto onde precisamos de ter um ‘mindset’ de startup muito forte e uma enorme vontade de desafiar o ‘status quo’. Lidamos com marcas antigas, com muita história local e que são especiais para muitas pessoas.

Bernardo Caupers tem a ambição de fazer a marca crescer a duplo dígito FOTO DR

Qual é o caminho que faz até ser promovido?
Além do mérito, que acredito que tenho, estava no lugar certo à hora certa. O facto de estar constantemente a desafiar o ‘status quo’, a repetir a pergunta ‘Então, e agora?’, aliada à minha vontade de fazer acontecer, fazem o ‘match’ perfeito com o desafio que tenho em mãos.
Em comparação com Portugal, a grande diferença que sinto, a nível de promoções profissionais, é que a idade e a experiência nunca são temas de discussão.
Na verdade, aqui, não sei a idade de praticamente ninguém, nem o que fizeram no passado. Olha-se mais para o trabalho desenvolvido, o discurso, a liderança e para o que se pode trazer de novo. Em Portugal, olha-se mais para a idade e para o currículo.

Qual foi a experiência profissional que teve no Canadá que mais o marcou?
Estou aqui há apenas cerca de seis meses, mas, juntando um pouco a experiência pessoal à profissional, diria que o facto de sair do escritório com 15 graus negativos, chegar a casa e ter de tirar a neve com uma pá para conseguir entrar é a diferença mais substancial. No início, até tem uma certa piada, mas ao fim de alguns dias deixa de ter.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades, em relação ao mercado português?
Do calor das pessoas, ou não fossemos nós latinos. Sinto que, em Portugal, pomos mais amor e paixão naquilo que fazemos. A experiência que tive até agora tem sido mais robotizada do que apaixonada, e isso é algo que quero tentar mudar aqui.

Pensa regressar?
Penso sempre em regressar um dia, claro. A família vai ficando cada vez mais velha e os avós merecem aproveitar todo o tempo do mundo com os netos.
A verdade é que, infelizmente, tirando a família e os amigos, Portugal não é um país apetecível, neste momento. Não vou entrar por temas quentes nem políticos mas aqui no Canadá, vê-se as coisas a funcionarem, os impostos a serem utilizados para benefício da população e uma sociedade mais organizada e tolerante do que em Portugal.
Nem tudo está bem, também tenho noção disso. Mas penso um dia regressar a Portugal. Não sei é quando será.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Cofundador do Instagram diz que Meta negou recursos à rede social e a considerou uma ameaça

Kevin Systrom foi chamado a depor pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos no julgamento em que a Meta está a ser acusada de abuso de posição dominante no domínio das redes sociais

O cofundador do Instagram, Kevin Systrom, testemunhou em tribunal que a rede social poderia ter sido facilmente bem-sucedido mesmo que não tivesse sido adquirido pela Meta, por mil milhões de dólares (€877,9 milhões), em 2012, acrescentando que Mark Zuckerberg, CEO da Meta, considerou o crescimento do Instagram uma “ameaça” e negou recursos à rede social após a ter adquirido.

Kevin Systrom foi chamado a depor pela Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos num julgamento que começou a 14 de abril, no qual a Meta está a ser acusada de abuso de posição dominante no domínio das redes sociais.

Durante cerca de dois meses, vão ser ouvidos os argumentos a favor e contra a alegação de que a Meta terá monopolizado ilegalmente o setor das redes sociais através das aquisições do Instagram e do WhatsApp.

O cofundador do Instagram declarou ainda que, antes da proposta de aquisição de Mark Zuckerberg, o número de utilizadores da rede social estava a crescer de forma exponencial e estava confiante de que a aplicação acabaria por lançar funcionalidades como o vídeo, as mensagens privadas e os anúncios, sem a ajuda do Facebook.

O testemunho sustenta o argumento central da FTC de que a Meta empregou uma estratégia de “comprar ou enterrar” para evitar que redes sociais emergentes, como o Instagram e o WhatsApp, constituíssem uma ameaça direta ao seu império. A FTC está a pressionar para que o Instagram e o WhatsApp sejam alienados.

Meta pode perder 7 mil milhões de dólares em receitas publicitárias

A Meta pode perder até 7 mil milhões de dólares (€6,1 mil milhões) em receitas publicitárias este ano devido às tarifas impostas por Donald Trump, de acordo com uma nova estimativa da empresa norte-americana de análises financeiras MoffettNathanson, noticia o The Wall Street Journal. Embora a Meta não opere na China, as redes sociais da empresa são usadas por anunciantes chineses, incluindo a Temu e a Shein, com o objetivo de alcançar os consumidores norte-americanos.

No entanto, as novas tarifas de 145% sobre as importações chinesas tornam praticamente impossível para as empresas chinesas venderem os produtos nos Estados Unidos, o que vai levar estas empresas a reduzirem os investimentos publicitários nas plataformas da Meta.

As receitas da Meta provenientes da China ascendem a 18,4 mil milhões de dólares (€16,2 mil milhões) em 2024, o que representa cerca de 10% das receitas totais da empresa, no valor de 165 mil milhões de dólares (€145,3 mil milhões), de acordo com os resultados financeiros da tecnológica.

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ERC e LabCom-UBI colaboram para identificar desinformação nas legislativas

A análise incide sobre conteúdos associados às candidaturas partidárias publicados nas plataformas Facebook, X, Instagram, TikTok e Youtube. Monitorização decorre até ao dia das eleições, 18 de maio

Com o objetivo de analisar e identificar conteúdos de desinformação publicados nas redes sociais no contexto das eleições legislativas 2025, a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, assina um protocolo de cooperação com o LabCom – Unidade de Investigação em Ciências da Comunicação da Universidade da Beira Interior.

A análise incide sobre conteúdos associados às candidaturas partidárias publicados nas plataformas Facebook, X, Instagram, TikTok e Youtube.

“A parceria que estabelecemos com o LabCom-UBI para a monitorização das redes sociais em contextos eleitorais reafirma o nosso compromisso com a defesa do direito à informação dos cidadãos e da liberdade de imprensa, valores nucleares e essenciais à proteção da integridade dos processos democráticos», sublinha Helena Sousa, presidente da ERC, citada em comunicado de imprensa.

O trabalho de monitorização realizado pela equipa do LabCom-UBI arrancou a 18 de abril e irá decorrer até ao dia das eleições, 18 de maio.

João Canavilhas, investigador do LabCom-UBI, também destaca a importância de combater a desinformação: “Este protocolo surge na sequência de uma primeira colaboração com a ERC nas eleições Europeias de 2024 e espera-se que permita aperfeiçoar o processo de identificação de conteúdos desinformativos. O objetivo do LabCom é contribuir para uma sociedade melhor usando a sua investigação”, conclui.

 

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Produtor do programa da CBS ’60 minutes’ demite-se

Bill Owens (na foto), principal responsável pelo programa de investigação norte-americano, justifica a decisão com a perda da independência jornalística. “Estou a afastar-me para que o programa possa seguir em frente”

Bill Owens, produtor e principal responsável pelo programa de investigação norte-americano ’60 Minutes’, anuncia a demissão, numa altura em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lança uma batalha legal contra o programa.

“Nos últimos meses, tornou-se claro que não me será permitido continuar a dirigir o programa como sempre fiz. Tomar decisões independentes com base no que é correto para o ’60 Minutes’ e para o público”, escreve Bill Owens, numa mensagem interna dirigida à equipa, a que o New York Times teve acesso. “É por isso que, depois de ter defendido o programa e aquilo por que lutamos, de todos os ângulos, ao longo do tempo e com todas as minhas forças, me demito para que o programa possa continuar”, conclui o produtor executivo.

O programa semanal, que atrai cerca de dez milhões de telespetadores todos os domingos para assistir a reportagens marcantes sobre a sociedade americana ou de zonas de guerra, é um dos mais visados por Trump, contra os meios de comunicação social.

O litígio tem como pano de fundo o projeto de fusão entre a Paramount, empresa-mãe da CBS News, e a Skydance, que tem de ser aprovado pela Autoridade Reguladora das Telecomunicações, presidida por Brendan Carr, aliado de Donald Trump.

Com Donald Trump a reclamar 20 mil milhões de dólares (€17,5 mil milhões) de indemnização à CBS, a possibilidade de uma mediação entre a Paramount e o republicano é frequentemente evocada.

No início de fevereiro, Bill Owens tinha assegurado à equipa que não pediria desculpas em tal eventualidade, como revela o New York Times. No final de 2024, a ABC News aceitou pagar 15 milhões de dólares (€13 milhões) para um fundo destinado a financiar “uma fundação e um museu” dedicados a Donald Trump, a fim de evitar um processo por difamação contra o republicano, uma concessão vista como uma vitória para o presidente norte-americano.

 

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Cândido Costa é o novo embaixador do Banco Montepio

A parceria será visível em várias iniciativas que a instituição bancária planeia lançar ainda durante 2025. A escolha do ex-futebolista, acrescenta a marca, resulta da sua participação numa iniciativa interna do banco

O Banco Montepio anuncia a nomeação de Cândido Costa como o novo embaixador da marca. A colaboração tem como objetivo reforçar a presença do banco na comunidade e estreitar a ligação com os portugueses, “promovendo uma comunicação mais próxima, autêntica e humana”, segundo o comunicado de imprensa.

A parceria será visível em várias iniciativas que a instituição bancária planeia lançar ainda durante 2025, acrescenta o Montepio.

Pedro Leitão, CEO do Banco Montepio, acredita que esta colaboração não só irá reforçar a imagem da instituição bancária, mas também fortalecer a relação com os clientes. “O Cândido traz consigo uma abordagem genuína que se alinha com os nossos objetivos e valores. A sua capacidade de se conectar com as pessoas faz dele o embaixador ideal para a nossa marca”.

A marca explica ainda que a escolha de Cândido Costa como embaixador resultou da sua participação numa iniciativa interna, “onde se evidenciou a sua simplicidade e autenticidade”.

Sobre esta parceria, Cândido Costa, cliente do Montepio há mais de duas décadas refere que “é fundamental estarmos lado a lado com as pessoas, partilhando momentos significativos e experiências que possam melhorar as suas vidas, porque todos sabemos que o Montepio é o Banco de Causas”, conclui o novo embaixador da marca.

 

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