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Para onde caminha a Controlinveste?

O lançamento de um novo canal de televisao e de um diário gratuito eram os grandes projectos da Controlinveste para 2007. Mas o arranque do ano trouxe alterações de vulto […]

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Para onde caminha a Controlinveste?

O lançamento de um novo canal de televisao e de um diário gratuito eram os grandes projectos da Controlinveste para 2007. Mas o arranque do ano trouxe alterações de vulto […]

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O lançamento de um novo canal de televisao e de um diário gratuito eram os grandes projectos da Controlinveste para 2007. Mas o arranque do ano trouxe alterações de vulto na direcçao de dois dos principais activos da holding.

O M&P tentou perceber porquê

Oanúncio da demissão das direcções do Diário de Notícias (DN) e do 24horas marcou a actualidade do mercado nacional de media nas últimas semanas. À margem do corrupio de rumores que se seguiu á divulgação desta decisão por parte da administração da Controlinveste Media (relativamente aos nomes dos futuros directores e respectivas equipas directivas para os dois títulos), a saída de António José Teixeira e de Pedro Tadeu da liderança dos dois jornais deixou implícita uma conclusão facilmente absorvida pelo mercado: a administração da holding de Joaquim Oliveira fez um balanço negativo ao desempenho das duas publicações em 2006 e decidiu dar início a uma nova era nos dois projectos.

É um facto que a forma como se processaram as alterações nas cúpulas do DN e do 24horas assumem contornos diferentes e poderão não estar ligados de forma tão umbilical aos resultados dos dois projectos no último ano: Pedro Tadeu deixa a direcção do tablóide para dedicar-se em exclusivo á direcção do diário gratuito que a Controlinveste se prepara para lançar ainda este ano; António José Teixeira abandona a direcção do DN depois de a profunda reformulação de que o jornal foi alvo em 2006 não ter tido os desejados reflexos no aumento da média de vendas do título.

Contudo, os números que publicamos nos quadros que acompanham este texto comprovam que o último ano foi globalmente negativo para estes dois jornais, tanto ao nível das suas médias de circulação paga como no que respeita ás suas médias de audiência. Juntando-se a este facto o pormenor de o conjunto de publicações detidas pela Controlinveste através da Global Notícias ter registado também uma quebra de receitas publicitárias, encaixam-se as peças do puzzle que constituem o cenário de fundo das referidas demissões.

Chegados a este ponto, as demissões das direcções do DN e do 24horas assumem-se, assim, como as primeiras grandes decisões desta administração da Controlinveste, decorrentes de um primeiro balanço á actividade do grupo no mercado nacional de media. Um balanço de um ano e meio, feito com base na trajectória percorrida desde a consumação do negócio que levou Joaquim Oliveira a adquirir os activos de media até então detidos pela PT Multimédia e a tornar-se proprietário de uma das maiores holdings nacionais de comunicação.

Neste contexto, a pergunta que se impõe é… e agora? Uma questão que assume várias ramificações: Tomada a decisão de romper com o passado recente do DN e do 24horas, que futuro está reservado para estes dois títulos? E apara além do caso concreto destes dois jornais, que papel desempenharão os restantes activos da empresa na estratégia de médio/longo prazo que está a ser delineada para a holding? E onde encaixam, nessa estratégia, o lançamento de um novo diário gratuito e de um novo canal de televisão?

Mau ‘timing’ de entrada no negócio da imprensa?

“Temos de enquadrar as movimentações nesses dois jornais da Controlinveste num contexto global de perda de leitores no negócio da imprensa. E no caso concreto do DN, estamos perante um caso em que o jornal provavelmente perdeu o pé em relação ás transformações que estão em curso, a caminho de um novo paradigma digital para a comunicação social”. A opinião é do jornalista Joaquim Vieira, presidente do Observatório da Imprensa, que acedeu conversar “a título pessoal” com o M&P sobre a situação actual da Controlinveste. E quando instado a tecer um comentário sobre o que as recentes alterações na direcção do DN poderão representar para o futuro de uma das principais marcas do mercado nacional de imprensa, o jornalista não hesitou em defender que “a solução para os problemas do DN terá de passar pela aposta nas novas tecnologias e pela criação de uma comunidade de leitores online, um processo que todos os jornais têm de atravessar”. “E o DN ainda está muito estagnado nesta área. Basta observar o site que o jornal tem online, onde se limita a replicar os conteúdos da edição impressa”, concretiza Joaquim Vieira, enfatizando a necessidade de os jornais terem de “acompanhar a tendência geral” de “fuga dos leitores para os novos meios”.

Uma situação que, para o jornalista Rocha Vieira, fundador do 24horas e primeiro director deste diário, comprova a teoria de que “as alterações nas direcções do DN e do 24horas são o sinal de que a Controlinveste Media entrou tarde de mais no mercado dos jornais”. “O Joaquim Oliveira pode ter comprado a Lusomundo Media por um preço mais barato em relação ao que a PT pagou em 2000. Mas mesmo que tenha comprado mais barato, fê-lo numa conjuntura desproporcional, sobretudo porque já havia sinais claros de quebra generalizada nas vendas dos jornais”.

Nesse contexto, se as mudanças nas direcções do DN e do 24 “significam que a administração não está contente com os resultados”, para Rocha Vieira “o problema na gestão de uma empresa como a Controlinveste Media é que não basta um aumento de 5% nas vendas para inverter a tendência global de quebra de receitas”. Portanto, para o antigo director do 24horas, o patrão da Controlinveste “fez um bom negócio, mas numa altura em que o mercado está em queda”. “Não vai ser fácil recuperar. É preciso uma conjugação de sabedoria e sorte para consegui-lo”.

Contactada pelo M&P para saber os moldes concretos em que está a ser projectada a recuperação destes dois títulos, bem como para explicar a estratégia do grupo Controlinveste para o futuro próximo no mercado nacional de media, a administração a holding não se mostrou disponível para quaisquer esclarecimentos.

Diário de Notícias: romper com o passado para preparar o futuro

Mas para além de procurar eventuais receitas para o futuro, o M&P tentou também perceber quais as razões que poderão estar na base do contínuo definhar de vendas que o DN tem apresentado desde a viragem do milénio. E, nesse contexto, de acordo com um antigo profissional dos quadros do DN, o “principal problema” do jornal reside “na dimensão da sua redacção, que é muito grande” e no facto de os profissionais que a compõem estarem “muito fustigados pelas constantes mudanças nas equipas directivas e no rumo das estratégias, o que provoca, naturalmente, alguma desmotivação”.

Durante o período em que passou pela estrutura do DN, este profissional reconhece ter também sentido que “havia uma grande resistência á mudança”. “Fiquei com a ideia de que é sempre difícil começar algo de novo no DN, porque há falta de rapidez na capacidade adaptação á mudança”, prosseguiu. “A redacção tem um peso excessivo e quem assumir a direcção nesta nova fase tem de romper com o que está instituído. É uma redacção com muita gente válida, excelentes profissionais, mas muitas vezes funciona um pouco como a função pública. Há mecanismos de defesa que a redacção foi criando e que dificultam a tarefa de quem quer incutir mudanças”, resumiu.

Assim sendo, a mesma fonte não deixou de reconhecer a sua “surpresa” pelos passos iniciais de Joaquim Oliveira na gestão deste jornal. “Pensei que começasse por quebrar com essa faceta de redacção mais burocrática. Não esperava que tivesse ido pelo caminho do reforço da redacção e do investimento num novo suplemento diário de economia”, exemplificou este antigo profissional dos quadros da empresa.

Em suma, atendendo ao percurso do DN ao longo do último ano e á realidade actual do mercado, este profissional entende que “o novo accionista do jornal acabou por perder um ano em todo este processo”. “Não se atalhou pela agilidade ou pela tentativa de focar bem o jornal. E a questão principal que se coloca agora é saber como se vai recentrar o produto”, prosseguiu, colocando a tónica do sucesso ou insucesso da reformulação do jornal na comparação com o Público.

“Não sei o que vai na cabeça da administração, mas a verdade é que ao longo deste ano o DN acabou por ser ultrapassado pela reformulação do Público, que teve uma jogada de antecipação muito inteligente. Foi um jornal que aproveitou a oportunidade de romper e de mudar, reforçando simultaneamente a evidência de que o DN perdeu tempo ao longo do último ano. E, com tudo isto, o momento psicológico para a mudança já se perdeu”, argumenta.

Popularizar para tornar rentável?

Tal como Joaquim Vieira, este antigo quadro do DN também entende que as convulsões em torno do jornal se inserem no contexto de um “mercado que está a mudar muito rapidamente”, pelo que “é difícil prever o que poderá acontecer no futuro”. No entanto, este profissional entende não estar em causa “a marca DN, identificada pelo público com jornalismo sério e de referência”.

No entanto, estas virtudes da marca DN terão de ser forçosamente conjugadas com o perfil de Joaquim Oliveira, “um empresário que preza a rentabilidade”. “É por isso normal que, atendendo ao investimento feito no DN neste último ano com o novo grafismo, o novo suplemento de economia, publicidade e marketing, tenha sido decidido criar uma ruptura quando os resultados não corresponderam”, concluiu a mesma fonte.

Uma perspectiva partilhada por Joaquim Vieira, para quem o patrão da Controlinveste é “um empresário cujo objectivo principal é fazer mais valias”. “Por isso, se concluiu que neste primeiro ano o jornal não cumpriu os objectivos estabelecidos, é natural que tenha optado por fazer uma espécie de ‘terapia de choque'”. Adoptado este procedimento, Joaquim Vieira entende que, á luz das notícias que têm vindo a público sobre eventuais alterações á matriz editorial do jornal “a questão fundamental” quanto ao futuro do DN centra-se na “decisão sobre o âmbito editorial que deverá adoptar doravante: teremos um jornal de referência ou um jornal popular?”, questiona.

Uma questão que, para Joaquim Vieira, extravasa a simples curiosidade sobre as novidades editoriais que o jornal estará a preparar. “É uma questão muito importante para o público em geral e mesmo para a liberdade de expressão no nosso país, porque é preciso haver dois jornais de referência no país. É uma questão de garantia da pluralidade, que pode ficar em causa a partir do momento em que passemos a ter só um diário de referência”, reflecte o jornalista, convicto de que, embora o índice de leitura no nosso país seja inferior, “há espaço em Portugal” para que se repita “a maior diversidade de diários de referência que encontramos nas capitais europeias”.

Não sendo claro, porém, que o futuro do DN passe pela sua ‘popularização editorial’, o antigo quadro do jornal contactado pelo M&P entende que, acima de tudo, o diário “precisa de estabilidade”, embora “não possa deixar de encontrar uma fórmula para ser rentável”. “A administração tem de encontrar o ponto de equilíbrio entre ser um produto economicamente viável e um produto editorialmente interessante para os leitores”, resumiu esta fonte. E poderá João Marcelino encarnar as características necessárias para liderar essa missão? “Só o futuro pode dizer o que pode acontecer”, explica a mesma fonte, embora defendendo que o ex-director do Correio da Manhã “já demonstrou ser um profissional muito competente”. “No entanto, tudo dependerá de um segredo fundamental em todos estes processos: tem de haver um apoio total da administração ás decisões da direcção”.

E, como reforça Joaquim Vieira, é também necessário “dar tempo para consolidar os jornais junto do seu público”. “Sem tempo para que os projectos se cimentem, é complicado inverter a tendência”, argumenta o jornalista, defendendo que “as sucessivas crises directivas no DN também acabaram por ter, naturalmente, influência em todo este processo de queda do jornal”. “São situações que acabam por descredibilizar o jornal junto dos seus leitores”, conclui.

24horas: um produto esgotado?

Depois de um ‘pico’ de vendas entre 2004 e 2005, quando chegou a ultrapassar a média de circulação paga do Público e a assumir-se como terceiro diário mais vendido do país, o 24horas começou também a enfrentar em 2006 uma erosão de vendas (ver quadro).

Escusando-se a relacionar de forma directa essa quebra com eventuais sinais de cansaço do mercado relativamente á fórmula deste jornal, o primeiro director do título, Rocha Vieira, entende que “vender mais do que o Público não é difícil, por isso, embora o 24horas tenha ultrapassado o Público no ano passado, isso não permite concluir que o jornal pode, ou não, ter margem para continuar como está”.

Recorrendo ás memórias dos primeiros tempos do jornal, o jornalista recorda que “o 24horas nasceu mal porque foi um projecto concretizado fora de tempo”, tendo o seu lançamento sido definido pelos accionistas da Edipresse “com dois anos de atraso” em relação á apresentação do plano de criação do jornal.

Para além disso, como recorda Rocha Vieira, “o projecto inicial que tinha pensado nunca chegou a existir. A ideia inicial era posicioná-lo entre o Correio da Manhã e o Público, mas o problema de base no posicionamento do jornal esteve relacionado com o facto de, na prática, a redacção do 24horas ter sido sempre muito pouco homogénea, pelo que nunca se conseguiu centrar o foco editorial como queríamos”.

Juntando a esta situação factores como “a falta de tempo para testar o modelo do jornal” sob a égide da Edipresse, que viria a alienar o título a Rocha Vieira, acabou por torná-lo num “produto incaracterístico”. “Depois de ter ficado com o jornal, estava a perder muito dinheiro e a única opção que tive foi vendê-lo á Lusomundo”, recorda o jornalista. “Nesse fase, a nova administração do 24horas decidiu torná-lo mais sensacionalista mas, como se comprova agora pelos resultados de vendas, esse não era o caminho indicado”, argumenta Rocha Vieira.

“Em circunstâncias normais este tipo de projecto sensacionalista, com os temas que aborda e com as capas que faz, deveria vender entre 80 a 90 mil exemplares em média por edição. Mas não vende, pelo simples facto de existirem no mercado outros produtos que colidem com este tipo de informação, melhor feitos e em formato revista”, defende o jornalista, aludindo á concorrência directa de títulos como a TV7 Dias, a TV Mais ou a TV Guia.

À margem destas questões concorrenciais, Rocha Vieira destaca também outras dificuldades inerentes ao posicionamento editorial que o título adoptou. “O drama do 24horas é que quando pega numa história mais séria, vende menos. É difícil gerir este factor num jornal sensacionalista e não sei como é que a Controlinveste vai corrigir isto”, questiona, considerando pouco provável que o título venha a adoptar uma postura mais radical no seu posicionamento, á imagem dos tablóides britânicos.

“É muito difícil haver capacidade em Portugal para investir num jornal sensacionalista á maneira dos tablóides britânicos, porque para funcionar nessa lógica, é preciso ter meios, dinheiro para comprar histórias, fontes de informação pagas. Em Portugal a dimensão do mercado não comporta esse tipo de postura”, resume.

Outro problema que a administração da Controlinveste tem em mãos no que se refere á gestão deste jornal prende-se com a exploração comercial do 24horas. “É um dos problemas de base deste jornal, porque os anunciantes têm reticências em associar-se a este produto. Há um divórcio entre o 24horas e o mercado anunciante. Isso advém de um preconceito geral que existe no mercado em relação ao jornal e que é potenciado pela incapacidade interna do jornal para fazer face a esta situação”.

No fundo, como sublinha o jornalista, “isto significa que mesmo vendendo bem, o 24horas tem uma grande desvantagem na sua gestão em relação á concorrência, tendo em conta os níveis quase ridículos de publicidade que tem nas suas páginas”.

Questões que só a administração da Controlinveste saberá como ultrapassar. E, sendo que o grupo privilegia a acção em detrimento da explicação pública das suas opções… resta ao mercado esperar para ver o que reserva o futuro.

Cronologia

Novembro 2000 – A PT Multimédia passa a deter a totalidade das acções da Lusomundo Media, grupo proprietário de empresas de referência na área dos media. Num negócio que ascendeu a 251,5 milhões de euros, a PT Multimedia adquiriu os 58% que lhe faltavam para passar a deter a totalidade do grupo Lusomundo. Estes 58% eram até então detidos pelo coronel Luís Silva, através da Cinvest, tendo os restantes 42% sido adquiridos anteriormente pela PT Multimédia através de uma OPA amigável sobre a Cinvest;

Fevereiro 2003 – A administração da PT Multimédia convida o até então editor-executivo do 24horas, Pedro Tadeu, para assumir a direcção do jornal, substituindo no cargo o jornalista Alexandre Pais.

Novembro 2003 – Mário Bettencourt Resendes abandona a direcção do Diário de Notícias (DN). O jornalista Fernando Lima é nomeado director do título, numa decisão polémica que, face ao recente desempenho das funções de assessor de imprensa de Cavaco Silva e do ministro Martins da Cruz por parte do jornalista, mereceu parecer negativo por parte do conselho de redacção do jornal;

Outubro 2004 – Miguel Coutinho, até então director do Diário Económico (DE), aceita o convite para assumir a direcção do DN, substituindo no cargo Fernando Lima. Na transição para o DN, Coutinho faz-se acompanhar do seu director-adjunto no DE, Raul Vaz;

Janeiro 2005 – A administração da Portugal Telecom confirma publicamente a intenção de alienar todos os activos de media detidos através da PT Multimédia na subholding Lusomundo Media. No portfolio do grupo encontram-se, nesta altura, os jornais Diário de Notícias, 24horas, Jornal de Notícias, Tal&Qual, Ocasião Açoriano Oriental e Jornal do Fundão, as revistas Volta ao Mundo, Evasões, Playstation2 e National Geographic, a rádio TSF e uma participação de 50% no canal televisivo SportTV. Juntam-se a estes activos participações no capital dos jornais Diário de Notícias da Madeira, na Agência Lusa, na Gráfica Funchalense e na VASP.

Fevereiro 2005 – Encerrado o prazo para a apresentação de propostas das empresas interessadas em adquirir a Lusomundo Media, a administração da Portugal Telecom anuncia ter iniciado um processo de hierarquização das propostas, para definir qual o grupo que assumirá a propriedade dos seus activos de media. Controlinveste, Media Capital, Cofina, Sonae, Prisa e Vocento são confirmados como os grupos interessados na aquisição da Lusomundo Media;

Março 2005 – A Portugal Telecom anunciou ter escolhido a proposta da Controlinveste para a compra da Lusomundo Media. A concretização do negócio, avaliado em 300,4 milhões de euros, fica dependente dos pareceres da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS) e da Autoridade da Concorrência (AdC).

Agosto 2005 – Depois da AACS e da AdC não se terem oposto aos contornos do negócio, a Controlinveste assume oficialmente a propriedade dos activos concentrados na Lusomundo Media.

Agosto 2005 – Miguel Coutinho demite-se da direcção do Diário de Notícias, dias depois de ter assumido publicamente que Joaquim Oliveira já lhe anunciara a intenção de prescindir dos seus serviços “face á orientação empresarial que tem para o grupo”;

Agosto 2005 – O jornalista João Morgado Fernandes assume interinamente a direcção do DN;

Setembro 2005 – António José Teixeira é nomeado director do DN. A equipa directiva liderada pelo até então subdirector do Jornal de Notícias contempla também os nomes dos jornalistas João Morgado Fernandes, Helena Garrido (vinda do DE) e Eduardo Dâmaso (vindo do Público). Inicia-se o processo de “reformulação profunda” no jornal, com particular enfoque na criação de um suplemento diário de economia, que origina a contratação de jornalistas ao Diário Económico e ao Jornal de Negócios;

Janeiro 2006 – Chega ás bancas o ‘novo’ Diário de Notícias, com uma profunda reformulação gráfica e editorial. Na cerimónia de apresentação da nova imagem do jornal, o director do DN, António José Teixeira, e o presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, traçam como objectivos para a nova fase do diário “estreitar a relação entre o jornal e os seus leitores, acentuar a vertente de utilidade para quem compra o DN, fazer crescer o jornal em vendas e circulação e promover o regresso deste título ao estatuto de ‘melhor jornal português'”. A estreia do novo formato é acompanhada pelo arranque do novo de economia e pelos novos suplementos semanais 6.ª (sexta-feira) e NS (sábado), que substituem os anteriores suplementos DNA e Grande Reportagem, respectivamente;

Maio 2006 – A Controlinveste Media perde o licenciamento da revista National Geographic, que passa a ser editada a partir do mês seguinte pela recém-criada editora RBA Portugal;

Agosto 2006 – A estrutura do grupo Controlinveste Media SGPS passa a contar com uma direcção-geral de marketing, que assume a responsabilidade transversal á gestão do marketing do grupo e dos activos de media detidos através das sub-holdings Global Notícias e TSF/Press. Este novo departamento é liderado por Alexandre Nilo Fonseca;

Novembro 2006 – A administração da Controlinveste Media anuncia, numa reunião de quadros da holding, que em 2007 irá investir no lançamento de um jornal gratuito e de um novo canal de televisão;

20 Dezembro 2006 – O grupo Cofina formaliza, através de comunicado enviado á CMVM, a venda á Controlinveste Media da participação de 19,09% que detinha no grupo de Joaquim Oliveira, por um preço global de 27 milhões de euros;

Janeiro de 2007 – Emídio Fernando assume a direcção do Tal&Qual, substituindo no cargo Gonçalo Pereira, que regressa ao jornal 24horas. A alteração na direcçao do semanário é acompanhada pelo arranque de uma reformulação gráfica e editorial, com o objectivo de “recuperar o antigo espírito do Tal&Qual, para fazer um jornal de maior qualidade, mesmo mantendo o seu cariz popular”;

Fevereiro 2007 – A administração da Controlinveste Media demite as direcções do Diário de Notícias e do 24horas;

Os novos projectos e a necessidade de apostar no digital

À margem das remodelações nas equipas directivas do 24horas e do DN, a administração da Controlinveste anunciou também no final de 2006 estar a preparar o lançamento de um novo diário gratuito e de um novo canal de televisão. Sem que tenham sido até ao momento divulgados pormenores concretos sobre os moldes em que serão concretizados estes projectos, as informações que têm circulado na imprensa apontam para que o gratuito (que será dirigido por Pedro Tadeu) veja a luz do dia no final do primeiro semestre deste ano, enquanto o canal de televisão, que deverá ser distribuído por cabo, ainda não tem data de lançamento definida.

No que se refere ao diário gratuito, Rocha Vieira reconhece que «a forma como este fenómeno da imprensa gratuita está a afectar a performance dos diários” pode ser uma das justificações para esta estratégia da Controlinveste. Contudo, de acordo com a análise que o jornalista faz á realidade do mercado nacional de media, “não deverá faltar muito para que o bolo publicitário do mercado português deixe de comportar mais projectos destes”. “O investimento publicitário em imprensa não estica e é provável que dentro de pouco tempo não haja receitas publicitárias para todos”, concretiza o antigo director do 24horas, alertando para o facto de “entre os jornais gratuitos presentes em Portugal, ainda nenhum ter conseguido alcançar o break-even”.

Já sobre o canal de televisão que a holding de Joaquim Oliveira está a preparar, Rocha Viera interpreta esta decisão como um sinal de que “a prioridade do Joaquim Oliveira é a área de negócio da televisão”. “Se o projecto resultar e se for bem implementado, pode permitir um equilíbrio das contas na exploração de todo o negócio de media da Controlinveste, compensando eventuais resultados menos positivos em áreas de negócio como a imprensa”, explica.

Para além das questões directamente ligadas com a gestão/reformulação dos projectos já existentes ou com o lançamento de novos projectos, Joaquim Vieira alertou também para a necessidade de a Controlinveste começar a dar passos concretos no sentido de não perder tempo na integração do novo paradigma tecnológico na matriz da sua estratégia de negócio.

“Os órgãos de informação portugueses, em geral, ainda não assimilaram o aparecimento da internet. No momento que atravessamos, qualquer grupo de media que não tenha uma estratégia que foque as novas tecnologias como prioridade está a cometer um erro estratégico. Sobretudo no caso de grupos como a Controlinveste, que têm vários órgãos de comunicação, em várias plataformas”, explica o jornalista, destacando neste contexto a obrigatoriedade de “tirar proveito de sinergias com as novas tecnologias”.

“Existe, no nosso mercado, espaço para criar esse tipo de uniões dentro dos próprios grupos, porque a verdade é que as empresas nacionais de media ainda não são verdadeiramente multimédia”, diz Joaquim Vieira, alertando para o facto de “nos mercados mais evoluídos a nível internacional” ser “cada vez mais frequente a aposta nestas áreas”. “Os jornais cada vez mais têm podcast, vídeo, voz. O futuro deste negócio passa por aí e é urgente que se comece a caminhar neste sentido”.

Nesse sentido, a Controlinveste “não é excepção”, pelo que Joaquim Veira alerta para a necessidade de recuperar o tempo perdido nesta área. “Num grupo destas dimensões, com jornalistas de vários meios, especialistas em vários tipos de assuntos, é necessário que se transponham todos estes recursos e todas essas possibilidades para a nova realidade tecnológica, para que daí se retirem proveitos para o futuro. E repare que quando falo em futuro, é cada vez mais um futuro imediato. Não se trata de meses ou anos. É um futuro quase presente. E, pelo que tenho assistido ao longo deste último ano e meio, parece-me que a Controlinveste não tem ainda bem assimiladas estas noções”, nota o jornalista.

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Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha publicitária, que internacionalmente conta com a participação de nomes como Zinedine Zidane, Jenna Ortega e Anitta, entre outros, foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti, e realizada por Vincent Haycock

Rafael Leão, futebolista português a jogar no AC Milan, é o protagonista da adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas, intitulada 1000 Back. O desportista, um dos embaixadores nacionais da marca, surge nas fotografias promocionais, que já estão a ser divulgadas nas redes sociais e nas lojas da insígnia, a usar um par de Adidas Originals Samba, um dos três modelos de calçado desportivo que a etiqueta alemã está a publicitar, a par do Adidas Originals Gazelle e do Adidas Originals Spezial.

Realizado por Vincent Haycock e protagonizado globalmente por Carlisle Aikens, skater profissional que integra a equipa Adidas Skate Team, o filme publicitário que integra a campanha revisita a história da marca alemã. “Para além do vídeo e das imagens da campanha, recordamos o espírito das três silhuetas clássicas e das pessoas que as influenciaram, com um espaço digital que será preenchido com conteúdos gerados pelos utilizadores”, informa a Adidas em comunicado de imprensa.

“Os fãs dos modelos são convidados a apresentar os seus looks usando os hashtags #adidasSamba, #adidasGazelle e #adidasSpezial”, refere o documento. Zinedine Zidane, Jenna Ortega, Pusha T, Anitta, Hoyeon Jung, David Beckham, Serge Gnabry, Jella Hasse e Stormzy são outros dos embaixadores internacionais da marca que promovem os novos modelos da marca. Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti. A direção de fotografia é de Evan Prosofsky.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano. Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze. Dos 118 trabalhos inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas.

A entrega de prémios decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot, no Parque Florestal de Monsanto, num evento que reuniu cerca de 300 profissionais do setor, para a entrega dos troféus que distinguem os melhores trabalhos na área de marketing. Conheça os protagonistas e reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23.

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ThePitch arrisca em duas frentes

Auxiliar líderes e marcas nos grandes momentos de comunicação de apresentações e lançamentos é o objetivo da nova agência de comunicação corporativa, que aposta na criação de narrativas com apoio do design de comunicação. E também vai dar treino a líderes

ThePitch foi o nome escolhido para a nova agência de comunicação especializada que a Plot Content Agency apresenta a 8 de abril. Marta Cordeiro, até agora diretora de clientes da empresa, vai dirigir a nova estrutura, que tem o ex-diretor de conteúdos desta empresa, Nuno Alexandre Silva, como diretor criativo.

“O nosso objetivo é auxiliar líderes e marcas nos seus grandes momentos de comunicação. Através do nosso ADN, que são os conteúdos e o storytelling, vamos criar narrativas, com apoio do design de comunicação, para atingir os objetivos dos clientes”, esclarece a responsável.

“Pretendemos atuar num mercado específico, o das apresentações, que, ao contrário de outros, em Portugal, ainda não está muito maduro. Atualmente, o foco está muito na parte visual criativa e o que nos vai distinguir vai ser a junção da parte da construção da narrativa a essa parte visual”, explica a diretora-geral da agência, em declarações ao M&P.

Além de promover empresas, organizações, marcas, produtos e serviços, a nova estrutura também vai dar treino de media a dirigentes, sempre em colaboração estreita com a Plot Content Agency.

“Fazemos parte da mesma família, mas é como se fossemos primos. Somos uma agência nova, uma estrutura independente, não é mais uma marca criada pelo grupo a que pertencemos”, ressalva Marta Cordeiro. “Temos serviços partilhados, mas também nos vamos socorrer de outros profissionais do mercado, profissionais especializados.

Estamos muito focados em ter talento bom e sénior, porque o nosso posicionamento é mesmo de topo, direcionado para as lideranças e para as grandes marcas”, assume a responsável.

“Estamos a entrar numa área onde existem outros players mas vamos fazer o nosso caminho e procurar o nosso espaço, apostando num tipo de criação de conteúdo diferente, pensado especificamente para momentos de apresentação. Este trabalho acaba, muitas vezes, por estar disperso por várias empresas ou departamentos.

Agora, queremos autonomizar-nos e especializar-nos nesta área, com a promessa de elevar a comunicação dos líderes e das marcas, pensando o slide telling na lógica de contar uma história, aplicando na prática o storytelling à apresentação. São muito estas duas vertentes que vamos desenvolver, tirando partido do legado que temos”, esclarece Nuno Alexandre Silva.

Nas últimas semanas, a dupla de dirigentes da thePitch já reuniu com potenciais clientes para apresentar a agência, mas não revela o número de contratos que já assinou. “Os muitos projetos que desenvolvemos com a Plot têm sido um bom cartão de visita. Muitas das apresentações que fizemos até agora foram com clientes que já trabalhavam connosco”, revela o responsável.

A data para o arranque oficial da nova estrutura, 8 de abril, não foi escolhida ao acaso. “Achámos que era um bom dia. Vai haver uma grande lua nessa noite e quem é especialista nestas coisas diz que dá sorte”, justifica Marta Cordeiro.

Os outros negócios da Plot Content Agency

Apresenta-se como uma agência de marketing chave na mão, que desenvolve “experiências digitais que compreendem as pessoas”. Criada em maio de 2011, a Plot Content Agency resulta da fusão da editora de revistas Entusiasmo Media com a agência de custom publishing White Rabbit. Em 2014, diversifica a atividade e lança a Plot Live, uma empresa de eventos para marcas e organizações que não vinga.

Em 2017, com a criação da House of Words (HOW), encerrada o mês passado, o negócio editorial volta a ser separado do promocional, com a agência a reforçar a aposta no branded content e no marketing comportamental e a dar os primeiros passos na consultoria e integração de sistemas e no desenvolvimento de aplicações móveis e de estratégias de experiência de utilizador.

Nas últimas semanas, a empresa liderada por Rui Borges, idealizou e produziu o novo anúncio publicitário da Tranquilidade. Atualmente, além da agência de marketing que dá nome ao grupo, a Plot Content Agency integra também a empresa tecnológica Share e a nova agência corporativa thePitch.

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Range Rover e JNcQuoi unem-se pela mobilidade

Quatro Range Rover vão assegurar as deslocações dos clientes do JNcQuoi, entre Lisboa e Comporta. Parceria é parte da estratégia de reposicionamento da marca britânica, que em 2023 duplica as vendas em Portugal

Catarina Nunes

Quatro modelos Range Rover, com um preço médio de €185 mil, vão fazer as deslocações entre os dois eixos dos projetos do JNcQuoi, avenida da Liberdade e Comporta, no âmbito de uma parceria entre as duas marcas de luxo, que não pressupõe contrapartidas financeiras e que poderá vir a ser alargada com a disponibilização de mais veículos.

Esta é a primeira parceria da Range Rover nestes moldes, em Portugal, e enquadra-se na estratégia do grupo Jaguar Land Rover (JLR) de se posicionar para um mercado crescente. “Em Portugal, como em Espanha, há um boom de estrangeiros com muito dinheiro, a comprar propriedades. São pessoas que não vivem todo o ano nestes destinos, vêm dos Estados Unidos para a Comporta para ficarem três meses, e precisam de uma solução de mobilidade durante esse tempo. É o que estamos a oferecer”, explica ao Meios & Publicidade Luis Antonio Ruiz, presidente e CEO da JLR Ibéria.

A esta aposta não é alheia a procura da Range Rover, que em 2023 vendeu 927 carros novos em Portugal, mais de dois terços do total das 1.175 matrículas novas da Land Rover, que agrega ainda a Defender e a Discovery, com vendas menos significativas. Face a 2022, ano em que a Range Rover vendeu 460 unidades, o crescimento em 2023 foi de 100%, de acordo com os dados fornecidos pela JLR, que indicam ainda 136 Range Rover matriculados só em janeiro e fevereiro de 2024.

O novo Range Rover 100% elétrico, por seu lado, está também a fazer este caminho, ainda antes de ser lançado. “Nunca tivemos tanta procura por um elétrico e a lista de espera é maior em Portugal do que em Espanha”, avança Francisco Nunes, coordenador da JLR para o mercado português, referindo-se ao modelo que chegará ao mercado nacional em 2025 que tem uma lista de espera de 143 pessoas em Portugal, mais 63 do que as 80 que aguardam em Espanha.

A divisão de marcas é parte de um processo de reestruturação na JLR, iniciado há três anos, em que Jaguar e Land Rover são separadas, ficando esta última como ‘chapéu’ das marcas Range Rover (luxo), Defender (capacidade) e Discovery (versatilidade). É parte de um plano global a cinco anos, o Reimagine, em que o grupo automóvel britânico está a investir 15 mil milhões de libras (€17,5 mil milhões), em desenvolvimento de produtos e fabrico.

O objetivo é reposicionar a JLR como um fabricante de automóveis elétricos de luxo moderno, antes de 2030. “O luxo moderno é uma filosofia de design, fabricação, posicionamento, marketing e definição de marca. Os nossos carros são muito simples, definem-se com quatro traços. Isso é o luxo moderno, algo que perdura no tempo como moderno, porque tem um design muito simples”, diz Luis Antonio Ruiz, salientando a importância da simplicidade do luxo a par com as experiências únicas proporcionadas aos clientes.

É neste âmbito que surge a ligação ao JNcQuoi, a marca da Amorim Luxury dedicada ao estilo de vida de luxo, que junta restauração, hotelaria, moda e um clube privado, em Lisboa e na Comporta. “O mercado-alvo é o mesmo e vamos acrescentar valor no hub em Lisboa e no novo hub na Comporta, onde estamos a construir o destino, com novos projetos. Para fazer a ligação entre os dois hubs precisamos de transporte”, explica Miguel Guedes de Sousa, presidente da Amorim Luxury, justificando a necessidade da frota de quatro Range Rover.

Já em julho, o JNcQuoi adiciona mais uma unidade ao seu portefólio, com a abertura de um hotel na avenida da Liberdade. O acesso ao serviço de transporte entre Lisboa e a Comporta com os carros Range Rover é feito por marcação, incluindo reserva de lugar de estacionamento na praia do Pego, onde o JNcQuoi tem um clube de praia.

“Na Península Ibérica, está a acontecer o ‘efeito Florida’, o que aconteceu na Florida, nos Estados Unidos, há alguns anos. Estamos a atrair muitos estrangeiros que querem viver aqui de forma permanente ou temporária, por causa do clima, da comida, da tranquilidade e segurança que os dois países proporcionam, e isto está a gerar muitos negócios em ambos os países”, salienta o presidente e CEO da JLR, justificando a relevância desta ligação ao JNcQuoi.

Apesar de esta ser a primeira iniciativa em Portugal, Luis Antonio Ruiz garante que não vai ficar por aqui, tendo já em vista uma união ao Club del Deportista, um serviço de concierge para jogadores de futebol em Espanha, ao qual a Range Rover já disponibiliza carros, e que virá para Portugal. 2Em Espanha, estamos com a construtora e promotora imobiliária Sotogrande, para um conceito igual ao do JNcQuoi, que ainda não está concluído nem assinado e por isso não posso referir o nome. É um conceito de moradias, que rondam os €10, €15 milhões, para pessoas que não vivem lá todo o ano, e será a primeira parceria em Espanha como a que temos com o JNcQuoi”, revela Luis Antonio Ruiz.

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Sagres apresenta nova campanha com passatempo para o Euro 2024 (com vídeo)

A campanha conta com a criatividade da McCann Lisboa e da Dentsu Creative Portugal e está presente em televisão, digital e ponto de venda. Para celebrar a associação ao Euro 2024, a Sagres lança também packs comemorativos Sagres MiNi, alusivos ao passatempo

Com o campeonato europeu de futebol à vista, a Sagres lança a mais recente campanha multimeios “Há sempre espaço para acreditar”, de apoio à seleção nacional no Euro 2024. A campanha, que conta com a criatividade da McCann Lisboa e da Dentsu Creative Portugal, está presente em televisão, digital e ponto de venda, e é lançada com um passatempo que leva 20 adeptos ao Euro 2024.

Sob o mote “Ganha Viagens para apoiar a Seleção”, a Sagres vai oferecer 10 viagens duplas à Alemanha, que inclui a estadia em Dusseldorf, o ‘pack adepto’ e um jantar, entre dia 21 e 23 de junho. Os vencedores têm ainda acesso a uma recepção no dia 22 de junho na zona de fãs do estádio Signal Iduna Park no pré-jogo.Todos os portugueses com mais de 18 anos e residentes em Portugal que queiram concorrer, podem inscrever-se no Clube Sagres.

Para celebrar a associação ao Euro 2024, a Sagres lança também packs comemorativos Sagres MiNi, alusivos ao passatempo, e que já se encontram disponíveis em supermercados e hipermercados de norte a sul do país.

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Vodafone volta a juntar Bernardo Silva e Diogo Valsassina em campanha da VML (com vídeo)

Realizada por Fred Oliveira, com direção de fotografia de Sergi Gallard e acompanhamento da Film Brokers, a nova campanha publicitária multimeios da Vodafone tem criatividade da VML, produção da Krypton Films e planeamento de meios da Carat

Com criatividade da VML, produção da Krypton Films, realização de Fred Oliveira, direção de fotografia de Sergi Gallard, acompanhamento da Film Brokers e planeamento de meios da Carat, a nova campanha publicitária da Vodafone, É Fibra de Campeão, volta a juntar o futebolista Bernardo Silva e o ator Diogo Valsassina, desta vez para promover o novo serviço de internet fixa da operadora, com uma velocidade 10 vezes mais rápida do que a solução atualmente comercializada.

Para além da televisão, a campanha multimeios está a ser divulgada em digital e redes sociais. “Com este lançamento, a Vodafone reforça o seu compromisso de estar na vanguarda da tecnologia, oferecendo produtos e serviços inovadores que respondam aos hábitos de consumo do presente e, sobretudo, que antecipem as necessidades do futuro da conectividade”, informa a operadora em comunicado de imprensa.

“É esta permanente modernização da nossa infraestrutura que nos permite tirar partido do melhor da tecnologia avançada para oferecer soluções de conectividade inovadoras, que correspondam às necessidades atuais e futuras dos nossos clientes, como esta nova oferta de internet fixa através de fibra ótica, que garante níveis de velocidade elevados”, justifica Luís Lopes, CEO da Vodafone Portugal. O novo serviço recorre à tecnologia XGS-PON.

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APAV assinala 50 anos do 25 de Abril com campanha da Solid Dogma

Com design e supervisão criativa de Hugo Dias, a ação de sensibilização da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima revisita a iconografia dos cravos, símbolo da revolução, em mensagens que apelam à liberdade para todas as pessoas

“Democracia é liberdade para todas as pessoas” é o mote da campanha de sensibilização da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV) que assinala os 50 anos da revolução do 25 de Abril de 1974. Desenvolvida pela Solid Dogma, com design e supervisão criativa de Hugo Dias, “assinala um marco do passado, celebra o presente e abre as portas a um futuro com liberdade para todas as pessoas”, explica em comunicado de imprensa a agência criativa fundada por Pedro Pires e Alexandre Farto, em 2015.

“O 25 de Abril é liberdade para todas as pessoas”, “O presente é liberdade para todas as pessoas” e “O futuro é liberdade para todas as pessoas” são as frases que, associadas às palavas Futuro, Liberdade e Democracia, se evidenciam, em verde e vermelho, num fundo cor de rosa. “Porque quando uma pessoa é vítima de crime ou violência, vê a sua liberdade ser tolhida, a APAV trabalha diariamente para apoiar e proteger os direitos das vítimas de crime e violência em Portugal”, refere ainda o documento.

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Já são conhecidos os 14 representantes portugueses no Young Lions

As sete duplas criativas, selecionadas entre os 70 pretendentes que participaram num bootcamp em Lisboa, vão competir entre 17 a 21 de junho, em Cannes. VML, Arena Media, LLYC e Judas são as agências mais representadas na competição internacional

Já são conhecidos os nomes dos 14 vencedores da Tangity Young Lions Portugal que, entre 17 a 21 de junho, terão a oportunidade de representar o país na competição internacional que integra a 71a edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, em França. A partir do dia 17 de junho, as sete duplas selecionadas receberão os briefings de uma instituição de solidariedade social ou de uma organização não-governamental, tendo apenas 24 horas para a concretização de uma estratégia que vá ao encontro do desafio proposto. A exceção é a dupla selecionada para a categoria de Filme, que terá 48 horas para o executar.

Foram 70 os finalistas que participaram no bootcamp de seleção, realizado na NTT Data, em Lisboa. “Com a determinação e paixão demonstrada nos últimos dias, os 14 jovens profissionais selecionados representarão a alma da criatividade nacional, ao mais alto nível”, garante Ana Paula Costa, representante nacional do Lions Festivals. “Este ano, registámos um aumento de 16% do número de candidaturas, um crescimento que espelha a vontade dos jovens profissionais em ir mais além. As duplas vencedoras têm, agora, a oportunidade de ficar na cabeça e no ouvido das mentes mais criativas”, refere ainda.

“Costumo dizer que os Young Lions representam o futuro do setor da publicidade, criatividade e marketing e são sempre uma fotografia do setor. Este grupo de 70 jovens reflete isso mesmo, uma mistura de jovens de grande qualidade que trabalham em agências e empresas consagradas com outros de novas agências mais recentes que cada vez mais têm dado cartas neste mercado”, sublinha também Vasco Perestrelo, CEO da Multimédia Outdoors Portugal (MOP), entidade representante do Lions Festivals em Portugal. “Esse é o espírito certo que queremos para os jovens criativos nacionais”, acrescenta ainda o responsável.

As duplas vencedoras

 

Media (Leroy Merlin)

1º lugar: João Santos (Arena Media) + Débora Jaime (Arena Media)

2º lugar: Margarida Brilhante (Mindshare) + Bernardo Graça (Mindhsare)

3º lugar: Leonor Moniz (Group M) + Mafalda Aleixo (EssenceMediacom)

 

PR (EDP)

1º lugar: Beatriz Raposo (LLYC) + Rita Paulo (LLYC)

2º lugar: Sofia Melo Mendes (Verlingue) + Inês de Amorim Almeida (EDP New)

3º lugar: Hernâni Correia (Leo Burnett) + Manuel Menezes (Havas)

 

Marketing (Worten)

1º lugar: Mariana Coimbra (Era Imobiliária) + Francisco Vaz Santos (Nova SBE)

2º lugar: Sara Aguiar (P&G) + Filipe Santiago Lopes (Nos)

3º lugar: Catarina Espírito Santo (Nos) + Vanessa Marques (Nos)

 

Filme (Turismo de Portugal)

1º lugar: Francisco Machado (Judas) + Daniel Gordon (Trix)

2º lugar: Carlota Real (Judas) + Luís Ferreira Borges (Stream and Tough Guy)

3º lugar: Miguel Valente (Bar Ogilvy) + Beatriz Roque (BBDO)

 

Imprensa/Outdoor (Betclic)

1º lugar: Maria Branco (Judas) + Catarina Araújo (VML)

2º lugar: Joana Quintela Moura (Havas) + Mariana Trindade (Uzina)

3º lugar: Guilherme Kaufmann (FunnyHow) + Rúben Vilaça (FunnyHow)

 

Digital (Nos)

1º lugar: Tomás de Matos Almeida (BBDO) + João Chicau (VML)

2º lugar: Nuno Miguel Coelho (Acne Lisboa) + Tomás Toste (freelancer)

3º lugar: Welzimar Silva + Pedro Silva (O Escritório)

 

Design (MOP)

1º lugar: David Canaes (Fuel) + Francisco Roque do Vale (VML)

2º lugar: Michelle Silva (Judas) + Carolina Gonçalves (Judas)

3º lugar: Mercedes Alves (This is Pacifica) + Eduardo Abilheira (Abilheira.design)

 

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Bar Ogilvy e Penguin Random House põem ícones da literatura a comentar publicações nas redes sociais (com vídeo)

O Instagram e o X foram as plataformas digitais usadas pela editora Penguin Random House, que, em parceria com a agência Bar Ogilvy, criou perfis para autores como Fernando Pessoa, Virginia Woolf, Eça de Queirós, Charles Bukowski, Jane Austen e George Orwell

Desenvolvida pela Bar Ogilvy para a Penguin Random House, Comentários de Autor é o nome da campanha publicitária que a editora livreira encomendou para promover o Dia Mundial do Livro, que se assinala anualmente a 23 de abril. Com direção criativa de João Amaral e Nuno Riça, direção de arte de Catarina Moura e Rita Alvarez e produção de Nuno Calado, tem redação de Beatriz Martinho, Jorge Simões e Gonçalo Neves e pôs ícones da literatura a comentar publicações nas redes sociais ao longo das últimas semanas.

Fernando Pessoa, Virginia Woolf, Eça de Queirós, Charles Bukowski, Jane Austen e George Orwell foram alguns dos autores usados nos perfis que foram criados no Instagram e no X. “Os livros comentam o mundo” é a afirmação que está na génese da ação promocional, gerida nas duas redes sociais selecionadas para a campanha por Tatiana Duque. O filme que a integra, divulgado a 23 de abril, foi produzido pela Jungle Corner, com sonoplastia da Estrela de Alcântara e locução de Joana Manuel.

“Há um ano, um estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que 58,1% dos portugueses não leram um único livro em 2022. Um valor que nos surpreendeu a todos, sobretudo numa altura em que todos os nossos familiares e amigos não param de falar de coisas que leram, mas nas redes sociais”, explica Nuno Riça. “Quisemos levar os livros para onde os portugueses leem mais”, justifica também João Amaral.

“Cada autor comentou notícias, posts e tweets com excertos particularmente relevantes das suas obras. Com dezenas de comentários, os portugueses acabaram por ler grandes clássicos da literatura, mesmo sem se aperceberem”, esclarece a editora em comunicado de imprensa. “Cada perfil criado oferece mais informação sobre os autores, como um link direto para mais detalhes sobre as suas obras”, refere ainda o documento.

“Esta campanha é uma forma surpreendente de dar a conhecer os autores, aumentar a curiosidade para as suas obras e promover os hábitos de leitura no geral”, afirma Marta Cunha Serra, diretora de marketing e comunicação da Penguin Random House. O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor foi instituído na 28ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1995, com a ambição de promover a literatura e os hábitos de leitura um pouco por todo o planeta.

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Business Connection: evento exclusivo de networking reúne empresários e executivos numa experiência gastronómica com a Chef Justa Nobre

Na quinta-feira, dia 18 de Abril, cerca de 40 empresários e executivos marcaram presença na primeira edição do Business Connection, evento de networking exclusivo, acompanhado de pratos únicos de autoria da renomada Chef Justa Nobre, em Lisboa.

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Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de criar e fortalecer conexões, desenvolver parcerias estratégias, conhecer as últimas tendências de mercado e receber insights valiosos vindos de profissionais de diversas áreas.
O Business Connection foi realizado pela E-goi – plataforma de automação de marketing omnicanal – com o objetivo de criar um ecossistema de oportunidades e inovação, acompanhado de uma experiência gastronómica. “A concepção do evento surgiu de uma necessidade de promover um ambiente dinâmico e inovador, no qual as oportunidades de negócio fossem uma consequência positiva. Fomos na contramão dos eventos mais tradicionais, um momento de descontração, bastante intimista, e as conversas surgiram naturalmente sobre Marketing, Inteligência artificial,  transformação digital, Ecommerce, Phygital, discutindo ações, estratégias e tendências”, explica o CEO da E-goi, Miguel Gonçalves.
Este evento de networking contou com o patrocínio da VTEX (plataforma de comércio digital), MEO Empresas (empresa de telecomunicações) e DreamMedia (plataforma Out-Of-Home).
Está previsto realizar-se a próxima edição em junho no Porto, num momento que certamente será marcado pela geração de novas oportunidades de negócio e o acompanhamento das últimas tendências do mercado.
Sobre a E-goi
A E-goi é uma empresa especializada em Automação de Marketing Omnicanal e Inteligência Artificial. Com 20 anos de história, auxilia empresas de mais de 40 países nas suas estratégias de comunicação com o cliente, para aumentar as vendas. Aliada à Inteligência Artificial, desenvolve soluções de Tracking 360°, Customer Data Platform, Loyalty, Hipersegmentação e projetos à medida, integrados às principais plataformas do mercado.
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